sábado, 22 de agosto de 2009

O passado e o presente de uma assaltante de cofres

O passado e o presente de uma assaltante de cofres
Autor: Redação

Como nossos políticos seguiram os passos da companheira Estella 

A guerrilheira Estella, em 1969 é hoje...Nos tempos da ditadura militar, um dos personagens mais temidos e perigosos da guerrilha era a subversiva conhecida como companheira Estella, líder do MR Colina, responsável pela tentativa de seqüestro do embaixador alemão e pelo planejamento e execução daquele que seria o mais rentável golpe da luta armada em todo o mundo: o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo.
O crime foi cometido pela Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares), resultado da fusão da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) do capitão Carlos Lamarca com o Movimento Revolucionário Colina, do qual a companheira Estella era líder.
Onze dias depois da fusão, em julho de 1969, 13 guerrilheiros da VAR-Palmares roubaram o cofre de 200 kg de uma casa no bairro carioca de Santa Tereza, onde vivia a amante de Adhemar de Barros. Os guerrilheiros sacaram do cofrinho do Ademar US$ 2,6 milhões de dólares. Apesar de pregarem a unidade revolucionária e empregarem os recursos do terrorismo na mesma campanha, o dinheiro do cofre não apareceu. Pergunta-se até hoje “Onde foi parar o dinheiro?” Eis um dos mistérios insondáveis daquela época que produziu tantos “heróis” e “heroínas” da esquerda. 
A guerrilheira Estella tinha como companheiro de ideal revolucionário o ex-ministro José Dirceu, que após sua prisão pelos Militares do Regime, foi para Cuba, onde recebeu treinamento de guerrilha urbana e mudou a fisionomia, antes de voltar clandestinamente ao Brasil. Estella permaneceu escondida, após negociar a prisão de Lamarca.
a Ministra Dilma Rousseff, da Casa CivilCuriosamente, os dois personagens assumiram o primeiro escalão do governo Lula. Dirceu todos já conhecem muito bem. Envolveu-se em esquemas de corrupção e acabou cassado. Estella, ou melhor, a Ministra das Minas e Energias (setor dos mais estratégicos do governo) Dilma Rousseff, ganha ainda mais poder e passa a mandar na Casa Civil, ganhando o apoio de Lula e pleiteia a cadeira de presidente da República, caso o terceiro mandato não caia nas graças do Congresso ou dos militares.
Mulher de fala pausada, mãos gesticuladoras, olhar austero e um passado sinistro e misterioso, Dilma está sendo apresentada como a “mãe do PAC” (Pão, Água e Circo), mas seu passado nas fileiras da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares revela uma militância armada muito mais ativa e importante para a esquerda subversiva doa anos 1960.
Dilma, ao contrário de José Dirceu, pegou em armas e liderou a guerrilha urbana no Brasil. Com o roubo do cofre de Adhemar de Barros, na tarde de 18 de junho de 1969, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, realizou o maior golpe da história do terrorismo mundial, segundo conta o jornalista Elio Gaspari, em seu livro “A Ditadura Escancarada”. Naquela tarde, a bordo de três veículos, um grupo formado por onze homens e duas mulheres chegou à mansão do irmão de Ana Capriglioni, amante do governador Adhemar. Após renderem os empregados, cortaram as linhas telefônicas e roubaram o cofre de 350 quilos. A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e seu marido Carlos Franklin Paixão de Araújo. Sua participação na linha de frente era muito rara. Ela tinha tanta informação, que sua prisão colocaria em risco toda a organização. Segundo o ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues, Dilma passava as orientações do comando nacional e indicava o tipo de armamento que deveria ser usado nas ações criminosas e informar onde poderia ser roubado, a exemplo do roubo praticado pelo grupo do capitão Carlos Lamarca, em Osasco (SP), quando levaram o carregamento de fuzis de um quartel do Exército. Naquele mesmo ano (69) Dilma coordenou mais três ações de roubo de armas em unidades do Exército, no Rio de Janeiro. Durante o famoso encontro da cúpula da VAR-Palmares, realizado em Teresópolis, no mês de setembro de 1969, Dilma Rousseff polemizou duramente com Carlos Lamarca, o maior mito da esquerda guerrilheira. Lamarca queria intensificar a guerrilha rural e Dilma achava que a mobilização de massas nas grandes cidades deveria ser priorizada. No encontro produziu-se um racha e dos 37 presentes, apenas sete acompanharam Lamarca, agora desafeto de Dilma. Metade da fortuna do cofre de Adhemar de Barros e das armas permaneceu com Dilma Rousseff. A divergência com Carlos Lamarca não impediu Dilma de manter uma sólida amizade com a guerrilheira Iara Iavelgerg, musa da esquerda nos anos 60, com quem Lamarca manteve um tórrido e tumultuado romance. Dilma e ela tornaram-se confidentes.
Quando foi presa, em janeiro de 1970, ganhou o superlativo de “papisa da subversão”. Condenada em três processos, Dilma passou três anos encarcerada em São Paulo, onde alega ter sido barbaramente torturada por 22 dias, mas ao sair da cadeia não tinha seqüelas e nenhum preso confirmou os suplícios da tortura nas condições relatadas por ela, no documentário “Tortura Nuca Mais”.

A atual ministra era tão temida que o Exército ordenou a transferência de um guerrilheiro Ângelo Pezzuti, preso em Belo Horizonte, temendo que Dilma conseguisse montar uma ação armada de invasão da prisão e libertasse o companheiro.
Aos 55 anos e recentemente separada de Carlos Franklin, Dilma Rousseff em nada lembra a guerrilheira radical de trinta anos atrás, embora exiba a mesma firmeza e traços de arrogância. “Ela é uma mulher suave e determinada”, diz a jornalista Judith Patarra, autora do livro “Iara”, que conta a trajetória de Iara Iavelbeg (1944-71).
Assim como Lula, Dirceu e tantos outros integrantes do governo, que foram presos, Dilma recebe polpuda pensão dos cofres públicos e responde por uma das áreas mais estratégicas da inteligência de segurança nacional, por saber como planejar e executar operações de assalto, comandar guerrilha, entender de armamentos, seqüestros e sobreviver aos mais terríveis rituais de tortura durante semanas. Tais qualificações são predicativos para ocupar o mais alto escalão do governo do PT.
Analisando o panorama político nacional podemos entender o porquê de tantos assemelhados nos staffs do governo estadual e municipal. Quanto mais qualificações criminosas, mais aptidão para fazer parte da cúpula do governo.
Depois do cofre de Adhemar de Barros, outros crimes idênticos foram executados, apesar de não terem o mesmo objetivo político. A escola de roubos a cofres teve um capítulo recente na história de São José do Vale do Rio Preto, com o envolvimento de figuras públicas, hoje ocupantes de cargos da mais alta confiança da população. Foi no assalto a Fazenda Maruzém, no município de Bananal (SP), de propriedade de Luiz Carlos de Almeida Rodrigues Nogueira Porto, que nossos estereótipos de Dilma Rousseff se projetaram e ganharam mais prestígio popular. Os US$ 100.000 declarados pela vítima de Bananal nunca apareceram, assim como os US$ 1.300.000 carregados por Dilma, após o litígio com Lamarca. Com tanta história para ser contada, o povo brasileiro se vê enlameado nessa pocilga que os políticos transformaram a instituição.
Lula caminha em busca de um terceiro mandato, mas caso não obtenha sucesso nessa desvairada intenção, já projeta Dilma como sua sucessora, apesar do primeiro nome para sucedê-lo ser o ex-ministro José Dirceu, que permanece cassado e sem chances de assumir o comando do país.
Em São José do Vale do Rio Preto, políticos cassados também fazem planos para voltar antes do pleito municipal, outros quase cassados articulam para ampliar seus poderes e condenados da justiça se fortalecem com esquemas corruptos, em busca da permanência no poder, amparados por políticos estrangeiros cada vez mais donos da nossa cidade.
Moral da história: ou expressamos nossa vontade de cidadania e retomamos o nosso caminho da dignidade ou nos submetemos aos caprichos da vontade política e transformamos nosso voto em mero especulatório de quem nos assaltará por mais quatro anos.

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