domingo, 23 de agosto de 2009

Genial - Frases da Seção Homem sem Visão da Coluna de Augusto Neves – Tevista Veja - Parte 1

“Vou fazer uma provocação aos que não gostam de mim. Me respondam. Faço questão que me respondam: o que qualquer outro presidente fez pela educação?”

Lula, depois do mais animado almoço da semana, informando no meio da Oração aos Moços do Rio Grande do Norte que todas as escolas que jamais frequentou foram construídas por ele..

“As palavras na vida política não têm o mesmo peso na vida privada”.

José Sarney, ao explicar por que os insultos que ouviu de Lula e Fernando Collor não impediram que os três ficassem tão amigos, autorizando qualquer vereador do Brasil a qualificá-lo de corrupto, batedor de carteira da História e maior ladrão da Nova República.

“Só hoje ele soube do parentesco com Maria do Carmo Macieira”.

Trecho da nota divulgada pela assessoria de José Sarney, explicando que o chefe nem imaginava que a moça nomeada por ato secreto, depois de indicada por ele para não trabalhar no gabinete do senador Mauro Fecury, ex-assessor do chefe, fosse casada com um Macieira sobrinho de sua mulher Marli Macieira, ou porque Macieira é um sobrenome muito comum no Maranhão ou porque é tanto parente nomeado que ninguém no mundo poderia lembrar quem é quem.

“Por que a imprensa não diz que o marido de Lina Vieira foi ministro do FHC?”

Ricardo Berzoini, presidente do PT, acusando a imprensa de não noticiar o que soube pela imprensa, e insinuando que foi Fernando Henrique Cardoso quem sugeriu ao marido de Lina Vieira que desse um jeito de infiltrar a mulher na Secretaria da Receita Federal, para que ela convencesse Dilma Rousseff a chamá-la para uma conversa na Casa Civil e pedir-lhe que ajudasse o filho de José Sarney.

“Ih, gente, não quero tratar desses assuntos, não. Há coisas mais importantes e bem mais urgentes”.

Marta Suplicy, de namorado novo, mostrando que não está interessada em falar de Dilma Rousseff, Aloízio Mercadante e demais irrelevâncias, e deixando claro que estava com muita pressa.

“Tirar Sarney da presidência do Senado não muda nada. Seria trocar Chico por Manoel, porque o problema não é Sarney. O problema são as práticas de 20 anos de irresponsabilidades que infelizmente perpassa até os dias de hoje”.

Ciro Gomes, já em campanha, oferecendo ao Brasil a chance de trocar um presidente que fala uma bobagem atrás da outra por outro que não fala coisa com coisa.

“A bolsa Louis Vuitton é cafona. Perdão se alguém não saiba da minha campanha contra ela e, eventualmente, esteja carregando uma aqui. Mas a bolsa Louis Vuitton é apenas uma bolsa. Só que ela é tão cara, exorbitantemente, que ela tem um sentido: destacar a senhora ou a moça que pode portá-la para fazer uma referência de êxodo social”.

Ciro Gomes, revelando na abertura do Congresso Médico do Piauí uma das prioridades do programa que vai defender como candidato a presidente da República.

“Dilma até pode não ter a simpatia de muitos grandes líderes do passado, como o Juscelino, que era um monumento de simpatia. Ela é simpática também, se relaciona bem com as pessoas, não como o Juscelino, que era transbordante de simpatia”.

Edison Lobão, no poema Petrobras é Brasil, conseguindo em dois versos comparar Dilma a um homem, contar que todo mundo no governo acha que Dilma sorri menos que José Sarney neste inverno, lembrar a José Sérgio Gabrielli a simpática bronca que levou de Dilma por telefone, promover JK a monumento transbordante mas só um pouco melhor que Dilma e confirmar que o ministro de Minas e Energia é uma genuína anta maranhense.

“O Hino Nacional traz não só noção de brasilidade, como elevação espiritual”.

Edison Lobão, que sempre se emociona quando canta o verso que fala da Mãe Gentil por pensar simultaneamente na Petrobras e na Fundação José Sarney.

“A Petrobras se agigantou não só pela força do Brasil em si mesma, mas também pela boa direção que ela sempre teve. O Gabrielli é um administrador que a cada minuto descobrimos uma característica nova no sentido da competência. Homem sério, correto, leal, veraz, e um servidor de grande capacidade de renovação. A sua capacidade parece que não se esgota. É como uma cachoeira que jorra plenamente. É como a fonte de um grande rio”.

Edison Lobão, passando da paixão pela Petrobras à proposta de casamento a José Sérgio Gabrielli, que dificilmente resistirà à tentação de desfrutar de uma lua-de-mel em cachoeiras que jorram plenamente e fontes de grandes rios.

“Meu apoio ao presidente Lula é uma questão de opção”.

Renan Calheiros, ainda em liberdade, sem revelar quantos reais correspondem hoje a uma opção no câmbio negro, nem quantas opções vai cobrar para renovar o aluguel.

“A Petrobras é um símbolo nacional que se confunde com a bandeira brasileira. Temos portanto o dever de não apenas amá-la, mas defendê-la. Defendê-la dos acidentes e de gestos de malquerença”.

Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, começando um poema épico sobre a Petrobras que pode garantir-lhe uma vaga na Academia Maranhense de Letras e, se o padrinho José Sarney ajudar e as licitações do pré-sal forem suficientes para sossegar a fila de 312 candidatos do PMDB, a nomeação do filho senador para o comando daquela diretoria que fura poço.

“Tem gente que chegou na Presidência da República muito letrado, mas tão letrado que esqueceu que tem muita gente pobre neste país que por causa disso nunca estudou nem chegou numa Universidade”.

Lula, depois do almoço desta quinta-feira, explicando a estudantes do Rio Grande do Norte que nunca antes na História deste país houve um presidente tão ignorante quanto ele por culpa de Fernando Henrique.

“Devo isso ao presidente”.

Aloízio Mercadante, ao informar por que adiou o discurso em que jura que vai renunciar à liderança da bancada do PT, embora não tenha certeza, explicando que ficou ainda mais grato a Lula depois que o homem de quem mais gosta lhe deu a chance de render-se nove vezes em menos de um mês.

“A imprensa está enganando todo mundo”.

Wellington Salgado, o Rapunzel de Bordel, que nunca me enganou.

“A crise é alimentada pela disputa política relacionada às eleições de 2010. Oriento os senadores do PT que votem pela manutenção do arquivamento das representações como forma de repelir essa tática política da oposição, que deseja estabelecer um ambiente de conflito e confusão política”.

Ricardo Berzoini, presidente do PT, na nota oficial que recomenda à companheirada vender o voto, a alma e a mãe para garantir a governabilidade do país, a vitória de Dilma Rousseff em 2010 e a prosperidade de toda a turma da base alugada.

“Considero uma prática de jornalista da imprensa marrom publicar comentários ofensivos à minha pessoa escritos por leitores que deturpam o significado de palavras ditas por mim à senhora Lina Vieira. Eu apenas quis dizer que o Senado vem sendo prejudicado pela exposição exagerada no noticiário”.

Ideli Salvatti, em mensagem à coluna, queixando-se do que vocês andam dizendo da frase internada nesta terça-feira no Sanatório Geral: “Nós vivemos aqui no Senado, já faz tempo, o cotidiano da unha do pé da galinha virar canja”.

“A função de cassar mandatos devia ser reservada à Justiça, até porque quase sempre a isenção política não pode ser presente em questões que importam questões de Justiça”.

José Sarney, presidindo a sessão desta terça-feira, dizendo alguma coisa que parece muito importante, mas que a coluna só vai comentar depois de receber de volta, com legendas em português, a fita gravada enviada ao serviço de tradução de línguas estranhas da Organização das Nações Unidas.

“Nunca na minha vida cassei o mandato de ninguém. Acho que o Senado não é para isso, que a Câmara não é para isso, que o Parlamento não é para isso. Se for para cassar mandato, prefiro não ser senador”.

Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, ao explicar na sessão desta terça-feira por que se opõe ao afastamento de José Sarney, esquecendo de avisar que, coerentemente, fez um acerto com Severino Cavalcanti para tentar reeleger-se em Pernambuco.

“O importante é que não houve pressão. É perfeitamente possível que a Lina esteja falando a verdade e a Dilma simplesmente não se lembre do encontro”.

Renato Casagrande (base alugada, guichê do Espírito Santo), permitindo ao país descobrir que ficou magoado com a perda da presidência do Conselho de Ética do Senado não por querer fazer um trabalho sério, mas por se achar melhor que Paulo Duque naquele tipo de serviço.

“Nós vivemos aqui no Senado, já faz tempo, o cotidiano da unha do pé da galinha virar canja”.

Ideli Salvatti, enquanto interrogava Lina Vieira, mostrando que uma senadora mantém a classe mesmo quando não sabe o que dizer.

“O Estado de S. Paulo transformou-se num jornal, que na verdade, passou a ser em vez de um jornal lido, respeitado, passou a ser um tablóide londrino daqueles que busca escândalo para vender. Minha impressão é de que vejo um velho de fraque e de brincos”.

José Sarney, decidido a mostrar que um imortal da Academia sabe espancar o idioma com a mesma ferocidade de um Lula, no trecho do improviso (reproduzido sem correções) que permitiu ao leitor Celso Arnaldo descobrir que os maranhenses idosos acham que fraque combina com brinco.

“Sabe Deus o que tenho sofrido”.

José Sarney, em discurso no Senado nesta segunda-feira, sem se dar conta de que, se Deus sabe de tudo, não tem a menor chance de aprovação no dia do Juízo Final.

“Sinceramente, acho que o país tem coisa mais séria para discutir. O Brasil tem conversas mais sérias que gostaria de fazer, tem coisas tão mais importantes que acho uma pobreza muito grande um assunto como esse estar na pauta da política brasileira”.

Lula, depois do almoço desta segunda-feira, ao comentar a última da Dilma, repetindo o mesmo falatório usado para absolver liminarmente José Sarney, José Dirceu, José Genoíno, Antonio Palocci, Luiz Gushiken, João Paulo Cunha, Mathilde Ribeiro, Benedita da Silva, Renan Calheiros, todos os mensaleiros, todos os sanguessugas, todos os aloprados, a quadrilha da farra aérea, a turma do cartão corporativo, o bando dos atos secretos  e demais companheiros criminosos.

“O governo Lula implementou uma política de reestruração e qualificação do serviço público brasileiro. No caráter geral, é extremamente correta e está obtendo resultados”.

Henrique Fontana, líder do governo na Câmara dos Deputados, feliz com o sucesso do programa político-assistencial Desemprego Zero para a Companheirada, criado para garantir vagas no serviço público a todo petista incompetente demais para encontrar trabalho em empresas privadas.

“O Lula fala pelo governo, eu falo pelo partido”.

Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT, sem explicar que os dois sempre falam a mesma coisa, que o chefe decide sozinho o que vão falar e que quem fala pelo partido é sempre a segunda voz.

“O Brasil está seguindo rumo ao seu destino de grandeza. Nossas riquezas naturais, a beleza de nossa terra, a grandeza de nosso povo, a história feita a golpes de bravura e patriotismo, nada disso valeu ou valerá se não investirmos até o último centavo numa educação sólida” .

Delúbio Soares, em seu artigo semanal no Diário da Manhã, de Goiânia, esforçando-se para provar que no peito de um vigarista também bate um coração.

“A mídia insiste em forçar o governo a tomar posições que colocariam em risco a amizade entre o Brasil e a Venezuela. É inútil. Não vamos fazer o jogo da direita”.

Marco Aurélio Garcia, conselheiro de Lula para complicações cucarachas e embaixador de Hugo Chávez no Palácio do Planalto, mostrando com um sorriso que continua valendo a promessa de só procurar um dentista quando a Guerra Fria for encerrada pela vitória da União Soviética sobre o imperialismo ianque.

“A Dilma sofreu essa ligeira queda nas pesquisas porque faltou exposição”

Ricardo Berzoini, presidente do PT, obrigando o Brasil a perguntar o que espera Tony Ramos, exposto há 30 anos na mais apreciada vitrine do país, para eleger-se presidente da República sem sequer fazer campanha.

“Meu esforço é para construir uma convicção única na bancada. Vamos aguardar. A montanha não se move”.

Aloízio Mercadante, Homem sem Visão de Julho, explicando que primeiro quer convencer os senadores do PT de que José Sarney não deve nem continuar na presidência nem deixar a presidência para, em seguida, render-se a qualquer decisão tomada por Lula.

O presidente da República ao invés de fazer açude, ao invés de fazer cacimba, ao invés de fazer poço artesiano ou fazer irrigação no Nordeste, vai gastar 2 bilhões e meio de dólares pra construir uma ferrovia, Norte-Sul, ligando a casa dele no Maranhão até a casa dele em Brasília.

Deputado Luiz Inácio Lula da Silva, 6 de setembro de 1987, Aracaju.

A Ferrovia Norte-Sul não pode ficar com as obras paradas porque o TCU suspeita de uma irregularidade aqui, porque o Ibama não gosta de outra coisa ali. É burocracia demais.
“É essa consciência da tranquilidade que me dá forças. Se não fiz qualquer coisa de errada ao longo de minha vida pública, não esperaria 55 anos para fazer agora. Nunca me meti em qualquer coisa errada”.

José Sarney, que escapou do naufrágio porque a turma toda sentiu a água batendo na  cintura, autorizando Renan Calheiros a solicitar ao Vaticano a canonização do pecador convertido em beato maranhense.

“Se o presidente Lula decidir por uma linha política, nós vamos atendê-la, e certamente será o melhor para a Infraero.”

Murilo Marques Barboza, novo presidente da Infraero, deixando claro que vai desempenhar com muita valentia e determinação o papel de subalterno.

“Esses debates em baixo nível empobrecem o Senado”.

Lula, nesta quinta-feira, em entrevista a emissoras de rádio de Goiás, fazendo de conta que não é o patrocinador e patrono do curso de cangaço moderno aberto no Senado pelos companheiros Renan Calheiros e Fernando Collor.

“A América Latina do século 21 não tem espaço para um país que não aceite a democracia”.

Celso Amorim, Homem sem Visão de Abril, mirando em Honduras, atingindo a Venezuela pelas costas e acertando Cuba na testa.

“Um violador da Constituição pode violar seu lar, sua casa, sua família, suas filhas e sua mulher”.

Manuel Zelaya, deposto da Presidência da República por tentar violar a Constituição para continuar no poder, revelando hoje em Brasília o que aconteceria aos lares, casas, famílias, filhas e mulheres dos hondurenhos se tivesse consumado a manobra golpista.

“O mandato da senadora Marina Silva pertence ao PT, não a ela”.

José Dirceu, facilitador de negócios à espera de julgamento no STF, querendo furtar da quase candidata do PV à Presidência o mandato que ele próprio perdeu porque até um plenário que absolve qualquer delinquente achou demais livrar do castigo alguém como José Dirceu.

“O sentimento da bancada é contrário à tese do arquivamento sumário das denúncias e representações. Mas vamos dar argumentos consistentes para o posicionamento da bancada”.

Aloízio Mercadante, o Herói da Rendição, decidido a liquidar qualquer chance de se reeleger em 2010, agora explicando que não quer que José Sarney seja absolvido, mas também não quer que José Sarney seja condenado.

“Lina Vieira não virá”.

Romero Jucá, relator da CPI da Petrobras, assustado com a possível convocação da ex-secretária da Receita Federal que tem muito a dizer sobre truques contábeis da estatal, doações à famiglia Sarney e interferências indevidas da ministra Dilma Rousseff.

“Pode escrever uma matéria assim embaixo: ‘Erramos’”.

Lula, ao absolver Dilma Rousseff de todas as denúncias passadas, presentes e futuras, revelando que, para quem acha leitura pior que exercício em esteira, existe matéria jornalística com uma palavra só.

“Vamos convocar o Obama para explicar a questão das bases militares na Colômbia”.

Lula, em Quito, mostrando que a ignorância no poder fala grosso até com o poder americano.

“Quem construiu essa fantasia, essa história, em algum momento, vai ter que dizer que foi um ledo engano”.

Lula, que não precisou ouvir ninguém, nem a mãe do PAC, para descobrir que foi inventada por Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, a conversa em que Dilma Rousseff lhe pediu que “agilizasse a fiscalização do filho do Sarney”.

“Aqueles que têm problemas com o verbo ‘engolir’ sofrem de regressão e não conseguiram passar da primeira infância, na fase oral”.

Fernando Collor, no discurso de hoje no Senado, insultando quem tem mais de dois neurônios  ao tentar explicar o insulto endereçado a Pedro Simon.

“Continuo a sentir um certo desconforto com a presença de bases americanas tão perto da Amazônia brasileira”.

Marco Aurélio Garcia, ainda com o coração partido pela queda do Muro de Berlim, informando por exclusão que se sente bastante confortável com a presença dos companheiros das FARC na mesma região.

“Atender o pedido de emprego de uma neta não é crime previsto no Código Penal de nenhum país regulado por leis e não por ressentimentos”.

Carlos Heitor Cony,  herói da resistência condecorado pela Comissão de Anistia com mais de R$ 1 milhão, fora a mesada, fingindo não saber que usar um ato secreto para transformar em funcionário público o namorado da neta é delinquência da boa, que configura quebra do decoro em qualquer Senado que seja comandado por gente honesta e não por uma quadrilha.

“O Senado está fazendo inveja a Vincent Price, Bela Lugosi e Boris Karloff. Lamentável”.

Delcídio Amaral, aquele que empregou uma sobrinha do presidente José Sarney no escritório em Campo Grande, na mensagem pelo twitter em que menciona velhos astros do cinema de terror para fazer de conta que não figura no elenco do filme de terror como representante do PT a serviço do homem incomum.

“Continuo achando que querem demonizar o presidente Sarney”.

Dilma Rousseff, repetindo a frase que decorou para julho, talvez por ter achado muito longa a frase que precisa decorar para usar em agosto.

“Agora vai ser a tropa de choque contra a tropa do cheque!”.

Renan Calheiros, durante o jantar em que a turma comemorou o bate-boca com Tasso Jereissati, ameaçando a mesa com a ideia de dividir a base alugada entre os que recebem em cargos e os que recebem em espécie.

“Conversei com o Sarney sobre a tentativa de derrubá-lo da presidência do Senado e desestabilizar o governo  e a aliança do PT com o PMDB. Foi um encontro entre amigos”.

José Dirceu, que aguarda julgamento no Supremo também por formação de quadrilha ou bando, reforçando a suspeita de que reincidentes sexagenários não têm cura.

“Foi a sessão mais deplorável a que já assisti no Senado. Não queria ver minha foto naquela moldura”.

Aloízio Mercadante, Herói da Rendição e HSV de Julho, disposto a fazer tudo o que for necessário para não ter a menor chance de se eleger vereador na próxima eleição, explicando por que ficou escondido no gabinete durante a sessão de quarta-feira.

“Se eu deixar a Presidência e tiver que viver de palestra, os sindicatos vão pedir até que eu pague passagem. Tem gente que diz que ganha duzentos mil dólar. Se eu ganhar uns dois mil conto já tá bom”.

Lula, depois do almoço desta sexta-feira.

“Não acho que tenha sido censura. Na verdade, o que está sendo obstado ali seria, segundo o despacho, a divulgação de fatos que podem ser inverídicos”.

Tarso Genro, que discursa sobre tudo até em festa de batizado, justificando a censura ao Estadão com a suspeita de que a Polícia Federal, subordinada ao ministério que chefia, pode ter inventado as conversas que gravou.

“Esse Rodrigo Cruz eu não conheço mesmo”.

José Sarney, pronto para jurar que não conhece nenhuma Marli Sarney, explicando que disse  que nunca ouviu falar em Rodrigo Cruz porque pensou que o Rodrigo Cruz da representação do PSOL fosse um Rodrigo Cruz contratado por Roseana Sarney, não o Rodrigo Cruz de quem foi padrinho de casamento.

“O presidente Lula entende que a Colômbia deve  combater o tráfico sem ingerências externas”.

Celso Amorim, alferes da revolução boliviariana, esquecendo de estender o conceito aos nartraficantes das FARC, financiados pelo companheiro Hugo Chávez, ingerência externa da qual o Brasil jamais se queixou.

“Não me parece que perto da fronteira da Amazônia brasileira, que muitas vezes é objeto da cobiça internacional, seja positivo o estabelecimento de bases americanas em território colombiano”.

Marco Aurélio Garcia, com a farda de sargento da Guerra Fria, depois de avisar que não faria declarações sobre a ajuda militar da Venezuela às FARC  “porque isso é assunto interno de outros países”.

“Se acabou a liberdade de imprensa, deve ter sido depois que eu saí.  O que ouvi em programas de TV sendo dito sobre o presidente da Venezuela não está no gibi”.

Marco Aurélio Garcia, garoto-propaganda do programa VEJA NO QUE DÁ NÃO IR AO DENTISTA, de volta do encontro com o patrão Hugo Chávez, falando como stalinista, pensando como stalinista, agindo como stalinista, mas jurando que não é stalinista porque a única vaga reservada ao Brasil está ocupada por Oscar Niemeyer.

“É claro que não existe um pedido de uma neta, se pudermos ajudar legalmente, qualquer um de nós deixa de ajudar”.

José Sarney, embaralhando palavras, tropeçando em vírgulas e confundindo a arquibancada como acontece com qualquer avô emocionado, ao descrever o que sentiu quando soube dos tormentos que afligiam a jovem Bia e seu namorado ocioso.

“Há 55 anos no Congresso, nunca adotei a norma de chamar parentes para a minha assessoria”.

José Sarney, deixando muito claro que os parentes à procura de emprego devem dirigir-se aos guichês da filha Roseana, do compadre Epitácio, do amigo Delcídio ou, em situações de emergência, de qualquer senador.

“Dessas diretorias, eu criei 23 novas diretorias na minha gestão de 95 a 96, para atender aos novos serviços que aqui servem aos senadores”.

José Sarney, explicando a explicação e respondendo a resposta, para deixar claro que nunca exagerou na gastança.

“Precisamos resolver isto logo. Estamos tratando de coisas que envolvem um homem que pode assumir a Presidência da República”.

Wellington Salgado, suplente doado ao Senado pelo titular Hélio Costa, lembrando no “Conselho de Ética” que Lula não para de viajar, José Alencar luta contra o câncer, Michel Temer deixará o cargo para disputar a eleição e José Sarney precisa ser deixado em sossego para cuidar do Brasil.

“Renuncie, senador José Sarney. Case-se com a sua biografia”.

Arthur Virgílio, aparentemente sem notar que, como mostrou a entrada em ação dos jagunços alagoanos, o donatário da capitania do Maranhão está em plena lua-de-mel com a sua biografia.

“Eu não matei, não furtei, não cometi nenhum ilícito”.

José Sarney, em conversa com o senador José Agripino, colocando a primeira vírgula onde deveria haver um ponto final.

“Esta crise é uma cortina de fumaça, uma ótica diferente. O que está em jogo são as eleições de 2010. Não é uma ilusão de ótica, é uma ilusão de ética que alguns fariseus tentam passar para o país”.

Renan Calheiros, ainda em liberdade, expressando-se com a clareza de quem acabou de almoçar com o presidente.

“Na presidência do Conselho de Ética do Senado, vou tomar decisões de acordo com os meus princípios éticos”.

Paulo Duque, como se os tivesse.

“Os cargos públicos são apenas consequência de ideais convergentes”.

Michel Temer, presidente do PMDB, em carta enviada a VEJA, explicando que foi por motivos patrióticos que o presidente Lula doou milhares de cargos federais ao maior partido da base alugada.

“Eu digo sempre que, se colocar numa balança as coisas boas e as coisas más que foram feitas pelo Congresso, as coisas boas são infinitamente superiores, mas muitas vezes as coisas boas não têm o destaque que a gente gostaria que tivesse”.

Lula, depois do almoço desta segunda-feira, que, pelo palavrório reproduzido acima, foi especialmente animado.

“As palavras são a mim e minhas relações políticas que eu não aceito. São palavras que quero que o senhor as engula e as digira como julgar conveniente”.

Fernando Collor, sempre fidalgo, tentando dizer que o senador Pedro Simon não tem o direito de intrometer-se na bonita amizade que mantém com Renan Calheiros.

“Eu respondi a processos por questões de foro íntimo”.

Renan Calheiros, na discussão com Pedro Simon, fazendo de conta que, além da história em contracenou com Mônica Veloso e um lobista, não fez nada que mereça cadeia.

“Pelo amor de Deus! Eles são donos de metade da usina e metade da água! Eu não posso querer ficar com toda a energia!”.

Celso Amorim, na entrevista a Eliane Cantanhêde, à beira de um ataque de nervos com a ideia de ofender o Paraguai com o cumprimento do Tratado de Itaipu.

“O que ocorreu é que, até que enfim, pelo menos um juiz teve coragem de aplicar a lei”.

José Dirceu, defendendo o desembargador que censurou o Estadão, esquecido de que, se os ministros do STF tiverem coragem de aplicar a lei, vai acabar na cadeia assim que seja julgado o caso do mensalão.

“Eu posso democraticamente arquivá-las, mas não sei o que vou fazer. Vai depender das circunstâncias”.

Paulo Duque, presidente do Conselho de Ética do Senado, revelando que não pode prometer desde já arquivar as denúncias contra José Sarney porque as circunstâncias ainda não chegaram à quantia que pediu.

“Os senadores precisam de apoio para trabalhar. Se o povo o escolheu, tem que cuidar da família do senador também”.

Elias Lyra Brandão, coordenador de Administração das Residências Oficiais, dispensando-se de lembrar que, no  Senado, famiglia inclui amigos, conhecidos, vizinhos da casa ao lado, colegas de colégio e faculdade, cabos eleitorais com mais de 5 anos de serviço, a nora oficiosa, o namorado da neta, o motorista do neto vadio, o mordomo da filha, namoradas da adolescência e seus descendentes, afilhados, compadres,o alfaiate que faz os jaquetões do patriarca e todos os maranhenses que se chamem Ribamar, fora o resto.

“A chapa para o Senado não foi escolhida por mim, mas pelo PMDB estadual”.

Sérgio Cabral, titular da vaga de senador hoje ocupada pelo suplente do suplente Paulo Duque, com cara de que não tem nada com isso, oferecendo ao eleitorado mais um motivo para dispensá-lo do emprego de governador em 2010 e permitir que se dedique sem  intervalos à conquista do título de campeão mundial de milhagem na rota Rio-qualquer país-Rio.

“Nós temos problemas em vários Estados para compor com o PMDB. É como um problema de saúde. A melhor forma é começar o tratamento assim que se descobre a doença. Se demorar mais tempo, não tem mais jeito”.

Romênio Pereira, secretário nacional de Assuntos Institucionais do PT, sem informar quantos psiquiatras o partido vai contratar.

“Estas emissoras estão trabalhando ilegalmente. Vamos recuperar as frequências para colocá-las a serviço do país, a serviço do povo , não a serviço da burguesia”.

Hugo Chávez, presidente do país que, segundo Lula, “tem democracia até demais”, e talvez por isso queira exportar o que sobra para Honduras, avisando que a expropriação de 30 emissoras de rádio venezuelanas é só o começo,

“Não vou esculhambar o Sarney. Sou muito amigo dele. Tenho que tomar muito cuidado para não magoá-lo, nem à dona Marli, nem à filha dele”.

Ziraldo, presenteado pela Comissão de Anistia com uma indenização de R$ 1,2 milhão, mais a mesada de Herói da Resistência, apresentando ao mundo, na festa de lançamento do seu blog, uma raridade que, como a jabuticaba, só dá no Brasil: o cartunista  a favor.

“Em caso de descumprimento da decisão, será aplicada  multa de R$ 150 mil a cada ato de violação do presente comando judicial”.

Dácio Vieira, desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,  num trecho do texto que, ao proibir a divulgação das bandalheiras em que se envolveu a família Sarney, coloca sob censura o Estadão, atropela a norma constitucional que garante a liberdade de imprensa e confirma que devem ser investigadas com urgência as relações promíscuas entre o presidente do Senado e cardeais do Poder Judiciário.

“Somente uma pessoa ignorante ou uma pessoa de má-fé ou uma pessoa que não conhece o povo brasileiro será capaz de dizer que uma pessoa que recebe o Bolsa Família vai ficar vagabundo e não quer mais trabalhar. É não conhecer a sociedade brasileira”.

Lula, depois do almoço da sexta-feira, fechando a semana em que, além do Bolsa-Família, falou sobre José Sarney, crise no Senado, crise econômica mundial, Honduras, bases americanas na Colômbia, Alvaro Uribe, Barack Obama, desemprego, indústria automobilística, povo brasileiro, terceiro mandato, eleição para o governo de São Paulo, sucessão presidencial, comportamento do empresariado, comportamento de Aloízio Mercadante, campeonato brasileiro de futebol e exportação de jogadores corintianos, fora o resto.

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