terça-feira, 15 de setembro de 2009

Opinião sobre nossos governantes

 Por Olavo de Carvalho 

Desafio o governo Lula e seus 60 intelectuaizinhos de estimação, os partidos de esquerda, o dr. Baltasar Garzón e todos os camelôs de direitos humanos a provar que qualquer das afirmações seguintes não corresponde aos fatos:

Texto completo

1. Todos os militantes de esquerda mortos pela repressão à guerrilha eram pessoas envolvidas de algum modo na luta armada. Entre as vítimas do terrorismo, ao contrário, houve civis inocentes, que nada tinham a ver com a encrenca.
2. Mesmo depois de subir na vida e tomar o governo, tornando-se poderosos e não raro milionários, os terroristas jamais esboçaram um pedido de perdão aos familiares dessas vítimas, muito menos tentaram lhes dar alguma compensação moral ou material. Nada, absolutamente nada, sugere que algum dia tenham sequer pensado nessas pessoas como seres humanos; no máximo, como detalhes irrisórios da grande epopéia revolucionária. Em contrapartida, querem que a opinião pública se comova até às lágrimas com o mal sobrevindo a eles próprios em retaliação pelos seus crimes, como se a violência sofrida em resposta à violência fosse coisa mais absurda e chocante do que a morte vinda do nada, sem motivo nem razão.
3. Bradam diariamente contra o crime de tortura, como se não soubessem que aprisionar à força um não-combatente e mantê-lo em cárcere privado sob constante ameaça de morte é um ato de tortura, ainda mais grave, pelo terror inesperado com que surpreende a vítima, do que cobrir de pancadas um combatente preso que ao menos sabe por que está apanhando. Contrariando a lógica, o senso comum, os Dez Mandamentos e toda a jurisprudência universal, acham que explodir pessoas a esmo é menos criminoso do que maltratar quem as explodiu.
4. Mesmo sabendo que mataram dezenas de inocentes, jamais se arrependeram de seus crimes. O máximo de nobreza que alcançam é admitir que a época não está propícia para cometê-los de novo – e esperam que esta confissão de oportunismo tático seja aceita como prova de seus sentimentos pacíficos e humanitários.
5. Consideram-se heróis, mas nunca explicaram o que pode haver de especialmente heróico em ocultar uma bomba-relógio sob um banco de aeroporto, em aterrorizar funcionárias de banco esfregando-lhes uma metralhadora na cara, em armar tocaia para matar um homem desarmado diante da mulher e do filho ou em esmigalhar a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado – sendo estes somente alguns dos seus feitos presumidamente gloriosos.
6. Dizem que lutavam pela democracia, mas nunca explicaram como poderiam criá-la com a ajuda da ditadura mais sangrenta do continente, nem por que essa ditadura estaria tão ansiosa em dar aos habitantes de uma terra estrangeira a liberdade que ela negava tão completamente aos cidadãos do seu próprio país.
7. Sabem perfeitamente que, para cada um dos seus que morria nas mãos da polícia brasileira, pelo menos 300 eram mortos no mesmo instante pela ditadura que armava e financiava a sua maldita guerrilha. Mas nunca mostraram uma só gota de sentimento de culpa ante o preço que sua pretensa luta pela liberdade custou aos prisioneiros políticos cubanos.
Desses sete fatos decorrem algumas conclusões incontornáveis. Esses homens têm uma idéia errada, tanto dos seus próprios méritos quanto da insignificância alheia. Acham que surrar assassinos é crime hediondo, mas matar transeuntes é inócuo acidente de percurso (e recusam-se, é claro, a aplicar o mesmo atenuante às mortes de civis em tempo de guerra, se as bombas são americanas). São hipersensíveis às suas próprias dores, mesmo quando desejaram o risco de sofrê-las, e indiferentes à dor de quem jamais a procurou nem mereceu. Procedem, em suma, como se tivessem o monopólio não só da dignidade humana, mas do direito à compaixão. Qualquer tratado de psiquiatria forense lhes mostrará que esse modo de sentir é característico de criminosos sociopatas, ególatras e sem consciência moral. Não tenham ilusões. É esse tipo de gente que governa o Brasil de hoje.

domingo, 6 de setembro de 2009

Charge - Néo

A ‘caixa d’água’ do Brasil sob ameaça

A ‘caixa d’água’ do Brasil sob ameaça

Quase metade do Cerrado — uma área 22 vezes maior que a do Estado do Rio — já foi desmatado

De Catarina Alencastro, de O Globo:

Cerrado brasileiro já perdeu quase metade de sua cobertura florestal original.

Um estudo ainda inédito do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente identificou que 48,5% do Cerrado já foram desmatados, numa extensão de quase um milhão de km².

A área é superior ao Estado do Mato Grosso e corresponde a 22 estados do Rio de Janeiro.Entre 5% e 6% do total desmatado teriam ocorrido de 2002 a 2008 — uma área entre 120.000 e 129.000 km².

Os principais causadores da derrubada do bioma, considerado a mais rica savana do mundo, são as plantações de soja, a pecuária e a exploração de madeira para fazer o carvão que abastece siderúrgicas.

Os dados ainda são preliminares e estão em fase de revisão. Os números oficiais deverão ser divulgados na próxima sexta-feira, Dia do Cerrado.

— É uma taxa alta, mas não é surpresa, porque o Cerrado vem sofrendo com o desmatamento desde os anos 1970. A má notícia é que continua acontecendo — disse Braulio Ferreira de Souza Dias, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

— Nesse ritmo, em pouco tempo vamos chegar a um estado preocupante. Se a gente comparar com a Mata Atlântica, que levou mais de 500 anos para perder 93% de sua cobertura, o Cerrado está sendo destruído muito mais rapidamente — observou Cesar Victor do Espírito Santo, do Conselho da Rede Cerrado, que congrega mais de cem ONGs.

Leia mais em O Globo deste domingo

Brasil já tem tecnologia para desenvolver bomba atômica

Brasil já tem tecnologia para desenvolver bomba atômica

De Vasconcelo Quadros, do site TERRA:

Uma revolucionária tese de doutorado produzida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército - Simulação numérica de detonações termonucleares em meios Híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação - pelo físico Dalton Ellery Girão Barroso, confirma que o Brasil já tem conhecimento e tecnologia para, se quiser, desenvolver a bomba atômica. "Não precisa fazer a bomba. Basta mostrar que sabe", disse o físico.

Mantida atualmente sob sigilo no IME, a pesquisa foi publicada num livro e sua divulgação provocou um estrondoso choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), responsável pela fiscalização de artefatos nucleares no mundo inteiro.

O pesquisador desenvolveu cálculos e equações que permitiram interpretar os modelos físicos e matemáticos de uma ogiva nuclear americana, a W-87, cujas informações eram cobertas de sigilo, mas vazaram acidentalmente.

Barroso publicou o grosso dos resultados da tese no livro A Física dos explosivos nucleares (Editora Livraria da Física, 439 páginas), despertando a reação da AIEA e, como subproduto, um conflito de posições entre os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Celso Amorim, das Relações Exteriores.

A crise vinha sendo mantida em segredo pelo governo e pela diplomacia brasileira.

A AIEA chegou a levantar a hipótese de que os dados revelados no livro eram secretos e só poderiam ter sido desenvolvidos em experimentos de laboratório, deixando transparecer outra suspeita que, se fosse verdade, seria mais inquietante: o Brasil estaria avançando suas pesquisas em direção à bomba atômica.

A AIEA também usou como pretexto um velho argumento das superpotências: a divulgação de equações e fórmulas secretas, restritas aos países que desenvolvem artefatos para aumentar os arsenais nucleares, poderia servir ao terrorismo internacional.

Os argumentos e a intromissão da AIEA nas atividades acadêmicas de uma entidade subordinada ao Exército geraram forte insatisfação da área militar e o assunto acabou sendo levado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.

No final de abril, depois de fazer uma palestra sobre estratégia de defesa no Instituto Rio Branco, no Rio, Jobim ouviu as ponderações do ministro Santiago Irazabal Mourão, chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do MRE, numa conversa assistida pelos embaixadores Roberto Jaguaribe e Marcos Vinicius Pinta Gama. A crise estava em ebulição.

Jobim deixou o local com o texto de um documento sigiloso entitulado Programa Nuclear Brasileiro - Caso Dalton, entregue pelo próprio Mourão. Mandou seus assessores militares apurarem e, no final, rechaçou as suspeitas levantadas, vetou o acesso da AIEA à pesquisa e saiu em defesa do pesquisador.

Num documento com o carimbo de secreto, chamado de Aviso 325, ao qual o Jornal do Brasil teve acesso, encaminhado a Celso Amorim no final de maio, Jobim dispara contra a entidade.

"A simples possibilidade de publicação da obra no Brasil e sua livre circulação são evidência eloquente da inexistência de programa nuclear não autorizado no País, o que, se fosse verdade, implicaria em medidas incontornáveis de segurança e sigilo", criticou o ministro no documento.

Leia mais em Brasil já tem tecnologia para desenvolver bomba atômica

Urgência garante aprovação do pré-sal

Urgência garante aprovação do pré-sal

De Murillo de Aragão, Cristiano Noronha, Rômulo Osório e José Negreiros, da empresa de consultoria Arko Advice:

Apesar das duras críticas do mercado e da oposição aos quatro projetos de lei que instituem o marco regulatório do pré-sal, dificilmente o governo deixará de aprová-los, preservando as linhas básicas de sua orientação: modelo de partilha e capitalização da Petrobras.

O governo tem uma vantagem de 232 votos na Câmara e é favorecido pela exigência de maioria simples nas duas Casas (metade mais um dos presentes desde que esteja presente metade mais do total de seus membros).

Aprovado na Câmara, onde o Planalto usará uma mistura de rolo compressor e liberação de emendas de parlamentares (verbas para obras), o pacote irá ao Senado.

Ali a oposição geralmente alia-se a dissidentes para derrotar Lula, como aconteceu com a CPMF em 2007.

No caso do pré-sal, contudo, seu objetivo é alterar os textos com o propósito de aprimorá-los de acordo com suas convicções.

Se isso acontecer, tais alterações serão eliminadas quando as propostas voltarem à Câmara.

Incomodada com a exigência de urgência constitucional imposta pelo Planalto na tramitação dos projetos, parte do PMDB aliou-se à oposição e pediu ao presidente Lula a retirada do expediente.

Mas ele não está disposto a permitir que a oposição use a única arma da qual dispõe - o tempo, essencial para o adversário tentar uma grande mobilização capaz de retardar a votação.

Lula e Sarkozy fecham acordo militar de R$ 22,5 bi amanhã

deu na folha de s.paulo
Lula e Sarkozy fecham acordo militar de R$ 22,5 bi amanhã

De Igor Gielow:

O Brasil assina amanhã com a França o maior e mais importante acordo militar de sua história recente, comprando inicialmente € 8,5 bilhões em submarinos e helicópteros.

Provavelmente esta conta será aumentada em breve pela aquisição de caças franceses, se depender do desejo do Ministério da Defesa.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy celebram a "parceria estratégica" após a festa do Sete de Setembro. O valor, equivalente a R$ 22,5 bilhões no câmbio de sexta-feira, é muito superior às compras russas feitas pela Venezuela (menos de R$ 10 bilhões) ou aos acordos operacionais dos EUA com a Colômbia.

A preferência pelos caças franceses, um negócio em separado que pode chegar até a R$ 10 bilhões para o fornecimento de 36 aviões, foi confirmada à Folha pelo ministro Nelson Jobim (Defesa). Lula já dera declarações pró-Paris na semana passada, e Jobim diz que a escolha "faz sentido" no escopo de parceria estratégica.

"Ainda espero as considerações da FAB sobre preço e transferência de tecnologia. Eles não farão a escolha, mas indicarão prós e contras de cada avião", disse Jobim. Concorrem com o Rafale o F-18 americano e o Gripen sueco. Ele conversa com Lula sobre o assunto hoje, indicando que o Ano da França no Brasil pode ser ainda mais festivo para Sarkozy.

O valor do acordo de amanhã, a ser pago em até 20 anos por meio de financiamentos (€ 6,1 bilhões) e desembolsos diretos, equivale a tudo o que está previsto para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) neste ano. Os termos de financiamento não deverão ser assinados, pois ainda dependem de aprovação final no Congresso Nacional.

O Exército, "patinho feio" até aqui na cesta de compras militares, será contemplado com a assinatura de um protocolo de cooperação com a França para modernizar sua capacidade de combate. Assinante do jornal leia mais em: Lula e Sarkozy fecham acordo militar de R$ 22,5 bi amanhã

Mundo ainda terá que injetar "dois Brasis"

deu na folha de s.paulo
Mundo ainda terá que injetar "dois Brasis"

Soma de US$ 2,5 tri equivale ao que se estima que ainda será preciso gastar para conter a crise; G20 afasta discutir "saídas"

Autoridades econômicas do G20 concordam em manter medidas de estímulo fiscal, mas não chegam a acordo sobre questão climática

De Clóvis Rossi:

O mundo ainda gastará o equivalente a duas vezes o tamanho da economia brasileira até 2010, para consolidar a incipiente recuperação econômica.

Esse cálculo surge inescapavelmente de dois fatos, ambos ocorridos ontem na reunião de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20, o clube das 20 maiores economias do mundo.

Primeiro, os ministros concordaram, como era esperado, em "continuar a implementar decididamente nossas necessárias medidas de suporte financeiro e as políticas expansionistas monetária e fiscal, consistentes com a estabilidade de preços e a sustentabilidade fiscal de longo prazo, até que a recuperação esteja assegurada".

Segundo dado: o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, no discurso inaugural, afirmou que "mais da metade dos US$ 5 trilhões de expansão fiscal comprometidos estão ainda por gastar". Mais da metade de US$ 5 trilhões dá, grosso modo, duas vezes o PIB do Brasil (Produto Interno Bruto, medida de sua economia).

A reunião de Londres afastou assim qualquer hipótese de se começar a pensar no que o jargão batizou de "estratégias de saída", ou seja, a desmontagem dos pacotes de subsídios, corte de impostos e redução de juros que compõem os US$ 5 trilhões que o mundo se comprometeu a investir para tentar evitar o colapso que se desenhava no fim do ano passado.

O último prego no caixão das "estratégias de saída" foi cravado pelo responsável pelo Tesouro britânico, Alistair Darling, que lembrou a seus pares que, na grande crise de 1929, os incentivos foram prematuramente retirados, do que resultou uma nova crise, poucos anos depois (mais exatamente em 1937). Assinante do jornal leia mais em: Mundo ainda terá que injetar "dois Brasis"

Decisão do STF pode ajudar grupo de Palocci

deu na folha de s.paulo
Decisão do STF pode ajudar grupo de Palocci

Ao livrar deputado da acusação de envolvimento na "máfia do lixo" de Ribeirão, tribunal deu argumentos para os outros denunciados

Deputado foi um dos alvos de apuração sobre supostas irregularidades cometidas em contratos de coleta de lixo quando era prefeito

De Rubens Valente e Rogério Pagnan:

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que livrou o deputado federal Antonio Palocci Filho (PT-SP) de se tornar réu por suposto envolvimento na "máfia do lixo" de Ribeirão Preto (SP) provocou um efeito cascata na defesa dos demais denunciados pelo Ministério Público de São Paulo.

Palocci era alvo de investigações sobre irregularidades nos contratos de coleta de lixo em Ribeirão junto com seus principais assessores nas duas gestões como prefeito local (1993-1996 e 2001-2002). Como tinha foro especial, a ação sobre ele, desmembrada, foi parar no STF. Em junho último, por nove a um, os ministros do STF arquivaram a denúncia contra o ex-ministro, mas a ação na primeira instância continua valendo para os outros acusados.

Após a decisão do STF, os outros acusados passaram a usar os mesmos argumentos que salvaram Palocci. Das 8 pessoas denunciadas em 2006 pelo Ministério Público pela suposta participação do esquema de desvio de verbas da Prefeitura de Ribeirão, 5 utilizaram os argumentos do STF pró-Palocci.
Dizem que, assim como Palocci, não podem ser consideradas culpadas apenas pelo cargo que ocupavam.

E, ainda, se não há prova de que o ex-ministro da Fazenda recebia propina no esquema, elas também não precisam responder pela suposta entrega desse dinheiro ilegal. Ou seja, se a Justiça disse que não existem provas contra Palocci, suposto "chefe" do grupo, também não existem contra seus supostos "comparsas". Assinante do jornal leia mais em: Decisão do STF pode ajudar grupo de Palocci

Charge - Amarildo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Por onde andará Hércules?

Do Blog Midia sem Máscara

Ubiratan Iorio | 04 Setembro 2009
Artigos - Governo do PT

Uma das grandes tarefas com que se defrontará um governo realmente preocupado com os destinos do país que nosso despreparado e desinformado povo um belo dia haverá de eleger (sonhar não é, ainda, proibido) será exatamente a de separar Estado e governo, promovendo a profissionalização de toda a burocracia.

"O governo Lula interferiu nas carreiras de Estado de forma sistemática. Fez isso tantas vezes que ao longo de sete anos o país foi achando natural o que não se pode aceitar".

A frase acima não é minha, nem tampouco de algum outro economista ou analista considerado "liberal" ou "conservador". É da jornalista Miriam Leitão - que está longe de poder ser carimbada ou tachada com esses adjetivos ou outros semelhantes -, em sua coluna no jornal O Globo de 26 de agosto.

Comentando o que denomina de "rebelião na Receita Federal", a conhecida jornalista econômica frisa corajosamente não tratar-se de um fato isolado, mas em autêntica marca do governo Lula, que é a confusão - deliberada, preciso adicionar - entre Estado e governo. E cita os casos calamitosos de aparelhamento, vale dizer, de invasões de hordas de "companheiros" e de sindicalistas, verificados no IPEA, no BNDES e no Itamaraty, aos quais acrescento os de Furnas (em que um dos diretores acaba de pedir demissão por ser contra o referido processo), da Polícia Federal, de certos órgãos do Judiciário, das agências reguladoras, da Petrobras, da Eletrobrás e, de um modo geral, das demais empresas estatais. Muito provavelmente, o mesmo vai ocorrer nas que o governo pretende criar, como a que vai cuidar do "pré-sal", na contramão da racionalidade e do bom senso, que aconselham claramente, ao invés de mais uma estatal, o modelo de concessão com cobranças de royalties e participações especiais, por ser mais eficiente e dar menos margem à corrupção. Se Roberto Campos ainda estivesse entre nós, podemos imaginar o que diria ao saber que, além da Petrossauro, teremos agora a Petrosal-ro...

Só na Receita, até hoje, foram seis dezenas de pedidos de exoneração de altos postos; os jornais dão-nos conta do absurdo da existência de diversos "grupos" em guerra no seio do órgão, o de Lina Maria Vieira, o de Everardo Maciel, o de Jorge Rachid (todos ex-secretários) e o de Nelson Machado, secretário-geral do Ministério da Fazenda. Parece que apenas os contribuintes não contam com um "grupo" lá dentro...

No IPEA, que há meses realizou um concurso com critérios absurdos de seleção, o presidente Pochmann - aquele mesmo que, quando assumiu o posto conduzido pelo ininteligível Mangabeira Unger, declarou que o Estado no Brasil seria "mínimo" - acaba de divulgar um de seus "comunicados da presidência" que, entre uma e outra agressão à lógica econômica, sustenta que a produtividade do setor público cresceu mais do que a do setor privado, baseado em metodologia que simplesmente manda às favas qualquer consideração minimamente científica, para ajoelhar-se diante da ideologia do Estado-elefante, já que a atividade econômica privada tem o que contabilizar como produção, enquanto que no setor público esta é calculada pelo aumento dos salários e das despesas. Como escreveu Miriam Leitão, o outrora respeitado IPEA está comparando alhos com bugalhos. Em resposta à jornalista, o instituto, em novo "comunicado presidencial", alegou que a metodologia utilizada para computar a produtividade é a mesma de outras instituições internacionais. Ora, isto, a rigor, não é uma defesa técnica, mas apenas um caso de transferência de responsabilidades, ridiculamente semelhante ao de um aluno que, tendo copiado a prova de outro e  tendo recebido uma nota baixa, argumentou com o professor que a prova foi feita pelo colega e não por ele...  É espantoso a que ponto esses ideólogos de meia tigela podem chegar!

No BNDES, no início do primeiro mandato de Lula, houve uma tentativa, sob a presidência de Carlos Lessa, de "lavagem cerebral esquerdizante" no quadro técnico, em que os economistas do banco, dos recém-concursados aos mais antigos, foram obrigados a frequentar um curso que tinha como objetivo principal transformá-los em fantoches heterodoxos (na linguagem deles, "desenvolvimentistas") -, diga-se de passagem, da pior estirpe. Lembro-me bem das queixas, à época, de um colega da UERJ e também funcionário do BNDES, que possui o diploma de Doutor em Economia pela FGV assinado, nada mais nada menos, por Mario Henrique Simonsen, sobre o conteúdo ideológico do tal curso de "reciclagem" em Desenvolvimento Econômico que foi compelido a assistir como aluno.

No Itamaraty - e continuo relatando o que escreve a jornalista em O Globo - não tem sido diferente, a começar por aquela sinistra lista de livros obrigatórios, típica de ditaduras, e prosseguindo com a política de nomeações "seletivas" quando da promoção para postos importantes em países relevantes, em que o requisito básico para assumir as principais embaixadas passou a ser o da lealdade ao grupo que está ocupando o governo.

Poderia citar inúmeros outros casos, mas prefiro mencionar outra frase da jornalista: "O governo Lula ficará na história como o que mais aumentou o gasto de pessoal, o que mais contratou funcionários, e o que mais profundamente feriu a idéia de que os funcionários de carreira servem ao Estado e não a governos".

Vou apenas acrescentar aquilo que os que têm um mínimo de bom senso já estão fartos de saber: que o aparelhamento do Estado pelo partido do presidente (e os de seus aliados) - vale dizer, pelo PT, pelo PMDB e por outras siglas que, embora menores, não o são em termos de oportunismo - é um processo muito perigoso para a democracia e, portanto, para o futuro do país, como também é perigoso e preocupante o Palácio do Planalto apagar fitas de visitantes, a Casa Civil confundir os compromissos da agenda da ministra, o governo - que já acossara um caseiro - perseguir uma ex-chefe de gabinete da ex-chefe da Receita e usar de todos os meios para impedir uma CPI para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras, emitindo um sinal claro, para quem sabe entender, de que quem deve realmente tem motivos para temer, mesmo em um país em que as CPIs costumam acabar em festa e em que o Supremo, em mais uma decisão contrária à opinião pública, inocenta Palocci de haver quebrado o sigilo bancário do referido caseiro...

Quando eles vão parar? Até onde pretendem ir? O que realmente desejam? Essa gente desconhece, ou melhor, simula desconhecer, em sua ânsia de realizar o seu projeto de poder, que governo é uma coisa - passageira e conjuntural - e Estado é outra - permanente e estrutural! Seu modelo parece seguir de perto o de Chávez, Correa, Evo, Cristina, Fidel e outros representantes vivos de Matusalém... Partidos políticos não podem servir-se do Estado nem com o objetivo de implantar as suas ideologias e nem para prover de empregos os seus afiliados e aliados!

Uma das grandes tarefas com que se defrontará um governo realmente preocupado com os destinos do país que nosso despreparado e desinformado povo um belo dia haverá de eleger (sonhar não é, ainda, proibido) será exatamente a de separar Estado e governo, promovendo a profissionalização de toda a burocracia. É evidente que, em uma democracia, uma burocracia profissionalizada não significa que funcionários públicos não possam ter as suas doutrinas, ideologias ou preferências políticas ou partidárias particulares, mas sim que sejam impedidos de colocá-las a serviço de qualquer grupo político, esteja este no governo ou na oposição, utilizando-se para tal de suas funções públicas, que são sustentadas pelos contribuintes.

Alguém, algum dia no futuro, terá que proceder ao desmonte dessa apropriação do Estado pelo governo, uma tarefa tão necessária quanto penosa e que exigirá tempo. Com efeito, os "companheiros" e aliados inoculados no pobre Estado brasileiro pelo rico governo brasileiro sob o comando do semi-analfabeto e arrogante presidente brasileiro são tão numerosos que se assemelham à Hidra, aquele animal da mitologia grega que habitava o pântano de Amione, em Lerna, irmã de Cérbero, o cão do inferno, de Ortro, o canino monstruoso de Gerion e de Quimera, monstro com cabeça de leão, corpo de cabra, cauda de serpente e que vomitava chamas. A Hidra possuía corpo de dragão e inúmeras cabeças de serpente (segundo as várias versões do mito, 7, 8, 9 ou até 10), que tinham a propriedade de se regenerar (ou seja, eliminava-se uma e surgia pelo menos mais uma no lugar) e, para completar, hálito venenoso - um mortífero bafo de onça! -, sendo que uma delas era imortal, exatamente aquela que Hércules, segundo alguns, em um dos doze trabalhos, abateu com uma pedrada na cabeça, embora, para outros, o herói grego tenha destruído todas, para não crescerem novamente...

Como o Brasil está precisando de um Hércules - um presidente que seja de fato um estadista - para vencer a Super Hidra do aparelhamento partidário do Estado brasileiro! Por onde andará ele? Infelizmente, não está no Olimpo, que não existe, nem despacha de Brasília, que, embora seja também um lugar que possui muito de fantasioso, infelizmente, existe, está lá, bem lá, naquela planura seca e sem graça... Por enquanto, esse personagem de que tanto carecemos ainda não deu as caras e o arremedo dele que vem comandando o país desde 2003, embora também goste de gabar-se de "façanhas" e use a barba crescida, não é musculoso, tem o abdômen proeminente, está muito mais para tribufu do que para os padrões helênicos de beleza e é amigo íntimo da Hidra, que se compraz em alimentar e engordar  para seu próprio proveito.

Inquieta-nos profundamente que, ao perscrutarmos o quadro eleitoral que se desenha para 2010, não consigamos vislumbrar ninguém que acredite na necessidade de separar Estado e governo, senão vejamos: Dilma será o aprofundamento do aparelhamento; Heloísa é do PSOL, o que dispensa comentários; Marina, tampouco; Ciro, idem, principalmente depois que andou frequentando cursos nos Estados Unidos ministrados pelo professor Unger; Cristovam é visto como ético, mas isto é apenas uma condição necessária, porém não suficiente para modernizar o país; Serra, embora possa estancar o processo, dificilmente se disporá a revertê-lo com profundidade, porque sempre foi um economista e político de esquerda, inclusive para os padrões do PSDB, que, a rigor, é um partido de esquerda; a direita, incompetente como de hábito, parece ter mais uma vez vergonha para sequer ensaiar um candidato e não terá coragem para apresentar um; e os liberais e conservadores, simplesmente, não têm ânimo, nem organização, não conseguiram aglutinar-se até hoje e, consequentemente, não têm representatividade política significativa.

Dilma, Heloísa, Marina, Ciro, Cristovam ou Serra? Esquerda PAC, esquerda pitbull, esquerda verde, esquerda desbocada, esquerda educada ou esquerda poodle (travestida de social-democracia), eis, mais uma vez, as opções do pobre eleitor brasileiro!

Que democracia é essa, Madonna mia?

Entenda porque 84% da população acha o Lula u m bom presidente...

‘Curada’ do câncer, Dilma ora com o casal Hernandez

Deu na Folha

Dilma Rousseff disse que está “curada” do câncer. Depois das sessões de quimeoterapia, concluiu o tratamento de radioterapia.

“Semana que vem, faço os exames e, acho até vou dar um anúncio, que vou antecipar aqui: do ponto de vista dos médicos, estou curada".

Dilma falou à rádio Gaúcha. Depois, participou de uma solenidade em que Lula sancionou a lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

Acorreram à cerimônia expoentes evangélicos. Entre eles o bispo-senador Marcelo Crivella (Universal) e o casal Estevam e Sônia Hernandes (Renascer).

A horas tantas, Dilma foi convidada a tomar parte de uma roda de oração. Topou. Orou-se pela saúde da ministra materialista.

Coube ao autoproclamado apóstolo Estevam (de costas, na foto) dirigir meia dúzia de palavras a Deus. Contrariando a praxe, Dilma manteve-se de olhos bem abertos.

Uma precaução compreensível. Estevam e a mulher dele, a autodenominada bispa Sônia, acabam de retornar dos EUA.

A dupla vem de uma cadeia de dois anos e seis meses. Cana puxada em Miami, parte no xilindró, parte na mansão do casal.

Foram condenados depois de pilhados na alfândega norte-americana com dólares não declarados, uma parte escondida numa bíblia. Melhor não descuidar.

Pré-moldado!

Gripe H1N1: a culpa é da oposição

Do Blog Coturno Noturno

A oposição brasileira é tão incompetente que o governo já começa a estruturar o seu discurso para justificar a explosão de mortes no Brasil, pela falta do Tamiflu e pela falta de planejamento do Ministério da Saúde: no fundo, a gripe suina é culpa da CPMF. Vejam a pérola de Aloízio Mercadante(PT-SP), defendendo a criação de um novo imposto:"O presidente está preocupado com o quadro da saúde. Há estimativa de um aumento de mortes nos Estados Unidos e na Europa, no inverno. E por isso é preciso também que aqui haja uma grande mobilização para prevenir o Brasil da gripe". A pergunta é se algum país do mundo precisou aumentar imposto para enfrentar a pandemia. É duro, muito duro, conviver com a oposição no Brasil. Enquanto o PT vive com as mãos manchadas de tudo, os tucanos asseados protegem os seus punhos de renda e os demos cagalhões fazem acordinhos para manter as capitanias hereditárias nos cantões do Brasil. Correm o risco de perder a eleição para este robozinho montado em Cuba, que atende por Dilma Rousseff.

Extrair petróleo ou comprar opinião?

Do Blog do Cláudio Humberto

image

No artigo de hoje, Carlos Chagas diz que no mundo moderno, em sã consciência, ninguém pode ser contra a propaganda e a publicidade. Segundo ele, essas  atividades fazem  parte  do complexo que vai do planejamento à produção, da comercialização ao consumo. Mercadológicas ou promocionais são responsáveis pelo sucesso ou fracasso de quase  todas as atividades humanas. Além de criarem empregos e contribuírem para o desenvolvimento da economia. O que não dá para aceitar é o super-dimensionamento da publicidade, muito menos a distorção da propaganda, quando em vez de atingirem sua finalidade e seus objetivos, servem de biombo para encobrir formas de enganar o consumidor, de um lado, ou de comprar a  opinião dos  veículos onde se apresentam. E este, de acordo com o autor, é o caso da Petrobras, utilizada como mecanismo de promoção dos  governos aos quais se subordina.
 
Leia aqui o artigo completo.

Marcha mundial anti-Chávez da Colômbia a Israel

Marcha mundial anti-Chávez da Colômbia a Israel

image

Do Blog do Noblat

Liberdade, igualdade e fraternidade. O lema que embalou a Revolução Francesa há exatos 220 anos ganha novas cores, novas vozes e novo sotaque nesta sexta-feira.

Em defesa de uma América Latina "democrática, livre do totalitarismo e da tirania; onde impere a tranquilidade, a paz, o respeito e a irmandade entre os povos", um grupo de ativistas colombianos - apoiado por organizações não-governamentais (ONGs), líderes independentes e políticos de diferentes correntes ideológicas e de diferentes países - organizou uma manifestação mundial exigindo o fim dos "atropelos e grosserias, das loucuras e insultos, do expansionismo e do intervencionismo" do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

O movimento intitulado No Mas Chávez, ganhou força depois da deterioração das relações entre Caracas e Bogotá por causa de um acordo militar entre Colômbia e EUA. Aliados em países como Arábia Saudita, Austrália, Israel e muitos outros da Europa já anunciaram que engrossarão o coro contra o presidente venezuelano. A cidade de São Paula também prepara manifestação.

Leia mais em Grupos se preparam para marcha mundial anti-Chávez da Colômbia a Israel

Documento prova favor de empreiteira à família Sarney

deu em o estado de s.paulo
image
Documento prova favor de empreiteira à família Sarney

Aracati pagou apartamento à vista para depois, segundo ela, revendê-lo em prestações ao deputado Zequinha Sarney

De Rodrigo Rangel:

Documentos obtidos pelo Estado comprovam o favor prestado pela empreiteira Aracati - hoje Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria - à família do presidente do Congresso, o senador José Sarney (PMDB-AP). Os comprovantes da transação mostram que a Aracati comprou à vista pelo menos um dos apartamentos usados pelos filhos e netos de Sarney nos Jardins, em São Paulo.

No mínimo, a empresa fez ao deputado um grande favor: comprou o apartamento à vista e, depois, o repassou a José Sarney Filho (PV-MA) em condições facilitadas. Pela versão do deputado e da Aracati, a própria empreiteira teria dividido o pagamento em prestações - Zequinha Sarney não precisou de financiamento nem de intermediação de qualquer instituição financeira. O dono da empresa é Rogério Frota de Araújo, amigo dos filhos do senador Sarney.

Os documentos atestam que a Aracati pagou R$ 270 mil pelo imóvel, por meio de duas transferências bancárias, efetuadas em 20 de fevereiro de 2006, data em que a empreiteira assinou a escritura.

O Estado revelou em 16 de agosto que dois dos três apartamentos usados pela família em São Paulo, no Solar de Vila América, na Alameda Franca, estão registrados em nome da empreiteira. Na ocasião, Zequinha assumiu ser o proprietário de fato de um dos dois apartamentos comprados pela Aracati.

O imóvel - adquirido em 2006, mas até hoje registrado em nome da empresa - serve a um dos filhos do deputado, Gabriel, que estuda na cidade de São Paulo. O segundo apartamento, comprado pela Aracati no mesmo período, já hospedou o próprio senador Sarney.

A comprovação de que a empresa pagou à vista o apartamento número 22, de Zequinha, lança dúvidas sobre as explicações apresentadas pelos Sarney após a reportagem do Estado. À época, em nota, Zequinha declarou ter comprado o apartamento da Aracati por meio de um instrumento particular de compra e venda, também conhecido como "contrato de gaveta". Ele afirmou estar pagando o imóvel à empreiteira até hoje. Em discurso no plenário do Senado, Sarney repetiu os argumentos do filho.

Zequinha se negou a informar as condições do negócio. A empreiteira, em nota, repetiu a versão do deputado, mas também não apresentou documentos da suposta transação. Procurada novamente, ontem a empresa informou que não dará mais informações sobre o assunto. Apesar de o apartamento não estar em seu nome, Zequinha o incluiu em sua declaração de Imposto de Renda deste ano.

Além dos dois apartamentos adquiridos em 2006 pela Aracati, a família possui a unidade de número 82, comprada em 1979. Leia mais em: Documento prova favor de empreiteira à família Sarney

Ovo da serpente

Editorial de O Globo
image
A CPMF era denominada contribuição provisória porque somente se justificava por uma situação emergencial. O setor público enfrentava sério desequilíbrio em suas contas e, simultaneamente a um inadiável ajuste fiscal - sem o qual não se conseguiria romper a armadilha do baixo crescimento -, o país precisava socorrer o Sistema Único de Saúde (SUS), perto do colapso.

De provisória, a contribuição quase se transformou em permanente, e isso só não ocorreu porque o Congresso teve a sensibilidade de não aprovar a perpetuação.

Como tributo, a CPMF era uma aberração, que contrariava toda a doutrina defendida pelos especialistas no tema. Trata-se de um tributo em cascata, que, mesmo com uma alíquota baixa, se avoluma em economias mais complexas, com estruturas produtivas que passam por várias etapas, como a brasileira.

Considerando-se que 2009 será um ponto fora da curva, face ao impacto da crise sobre a arrecadação tributária, a receita dos cofres públicos tem crescido bem mais do que a média da economia. Em 2008, tal fenômeno continuou se repetindo, e sem a CPMF, até porque as autoridades fazendárias compensaram essa "perda" (de R$ 40 bilhões) com aumento de outros tributos. Provavelmente voltará a ocorrer em 2010, quando a crise já tiver sido amortecida.

O ministro da Saúde, José Ramos Temporão, alega que os recursos para o SUS e demais programas públicos de saúde são insuficientes para a demanda existente - mantidos os níveis de eficiência atuais do sistema.

Há, de fato, uma elevação de custos porque a medicina tem hoje à disposição tecnologias de tratamento mais sofisticadas, porém que exigem investimentos substanciais, além de maiores despesas de manutenção.

No entanto, o governo, ao optar por expansão considerável de despesas, que absorveram todo esse aumento de arrecadação, não privilegiou a Saúde. E, diante da iminência de mais uma crise no setor, o ministro é escalado para defender no Congresso a recriação da CPMF, travestida com outra denominação (CSS) e uma alíquota aparentemente baixa.

É uma apelação, uma tentativa de sensibilizar a sociedade pelo desespero do ministro. Ora, só para o funcionalismo o Planalto deu R$ 29 bilhões apenas este ano. O que significa mais de duas vezes o que diz necessitar para a saúde(!).

Em um país como o Brasil, a demanda por serviços públicos pode ser infinita.

Não é por aumento da carga tributária que se conseguirá resolver a questão. Embora possa parecer residual, essa nova CPMF seria mais um "ovo da serpente" que acabará dando um bote fatal na galinha dos ovos de ouro, que é o sistema produtivo do país.

Consórcios que disputam o trem-bala já negociam, nos bastidores, ajuda generosa à campanha eleitoral de 2010

Edição do Alerta Total - www.alertatotal.net
Leia também o Fique Alerta – www.fiquealerta.net (Atualizado nesta sexta-feira)

Por Jorge Serrão

image

A disputa presidencial de 2010 nem bem entrou nos trilhos ainda, mas já tem tudo para contar, por debaixo da gare, com um vultoso financiamento de campanha, graças a mais um meganegócio custeado com dinheiro vindo do poder público. Tal “ajuda” generosa para a campanha política viria do vencedor da licitação para o ainda polêmico trem-bala Rio-São Paulo-Campinas. As negociações já ocorrem no submundo das negociatas. Eis mais um "financiamento público" de campanha em gestação.
O vencedor da licitação – e quase certo provedor eleitoral ano que vem – será conhecido em leilão na BM&FBovespa, previsto inicialmente para janeiro de 2010. O consórcio que oferecer o maior valor de capital próprio para aplicar no projeto de R$ 34,626 bilhões terá uma vantagem financeira logo de cara. O BNDES vai financiar 20,9 bilhões de reais, com um prazo de 30 anos paga pagamento. Pelo menos foi o que o presidente Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, divulgou ontem na modelagem financeira do projeto.
Ou seja, 70% do projeto serão financiados com dinheiro público e os 30% restantes deverão sair de empresas privadas. Além do valor financiado pelo BNDES, caberá também à União investir cerca de 2,3 bilhões de reais nas atividades de desapropriação e reassentamento nas áreas do traçado da linha. O governo também vai injetar 1,1 bilhão no capital da companhia que obtiver a concessão.
Para isso, o chefão Stalinácio pretende enviar ao Congresso um projeto de lei que autoriza a criação de uma nova estatal, a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S/A (ETAV). O modelo de capimunismo no trilho ainda vai gerar empregos estratégicos para a companheirada. Os estudos técnicos, o edital de licitação e o contrato devem ser colocados em consulta pública ainda este mês – para alegria geral de quem faz a farra com dinheiro público em nosso modelo socialista-moreno-tupiniquim.

A quem interessa?

O trem bala capimunista atrai grandes transnacionais.
O favorito para a disputa é o consórcio inglês Hal Crow, que atua com as brasileiras Sinergia e Balman.
A Trends, Siemens e Alstom correm por fora.
Empresas espanholas também estão interessadas no processo de licitação para o projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro.

Quem paga?

A tarifa seria de R$ 200 na classe econômica em horários de pico para ligar São Paulo e Rio de Janeiro.
Fora dos horários mais disputados, o preço cairia para R$ 150,00.
O tempo de viagem do trem-bala é estimado em cerca de uma hora e meia para o trecho Rio (Barão de Mauá)-São Paulo (Campo de Marte) e duas horas e meia para o trecho Rio (Barão de Mauá)-Campinas.

O fiasco do Supermacunaíma no botequim em Bariloche

do Blog de Auguto Nunes

image

Se estivesse em Bariloche, Barack Obama não teria reconhecido o cara. Chegou sorridente, mas atravessou a reunião emburrado, não contou piadas nem fez gracejos, irritou-se com companheiros, não sorriu sequer quando agarrou o microfone, seu brinquedo preferido. O que houve com o brasileiro que sempre foi o mais animado da turma? Transmissão ao vivo, soube-se no fim da reunião da  Unasul. Nada a ver com virus e gripes. Transmissão ao vivo pela TV, esse foi o problema que acabou expondo aos olhos dos parceiros um Lula que desconheciam.

Em transmissões ao vivo, explicou ainda amuado, “as pessoas ficam mais preocupadas com seu público interno e não falam o que pensam e o que sentem”.  O Exterminador do Plural pronunciou com ênfase a consoante final de essas e pessoas para driblar o singular revelador: “essas pessoas” eram uma só. Lula falava de Lula. Ninguém mais ficou perturbado com câmeras e luzes vermelhas. Todos foram o que são. O encontro reproduziu, nitidamente, a cara feia e assimétrico da América do Sul.

Bem menor que a outra, a face civilizada exibe a chilena Michelle Bachelet e o colombiano Alvaro Uribe. Michelle sempre fica no seu canto. Cabe a Uribe enfrentar a turma das cavernas. É o único que, além de parecer presidente, pensa e age como tal. Tomara que não seja contaminado pela epidemia do terceiro mandato. Se escapar, sua esplêndida solidão terá provado que mesmo nestes tempos escuros houve vida política inteligente no sul da América..

Altivo, paciente, didático, Uribe começou o pronunciamento avisando que não estava ali como réu, mas como chefe de governo de uma democracia soberana. E deixou claro que o barulho sobre as sete bases que abrigarão 1.400 militares e civis americanos é outra esperteza diversionista de quem tem muitos pecados a ocultar e muita gente a enganar. Dos vizinhos, lembrou, recebe manifestações de pesar depois de algum atentado.  Ajuda efetiva, só dos EUA. Os integrantes da Unasul ou ficam de braços cruzados ou estendem a mão solidária ao inimigo que trocou a  fantasia comunista pelo comércio de drogas. A guerra contra o narcotráfico vai continuar e as Farc serão liquidadas, comunicou Uribe.

A Colômbia não tem pendências territoriais a resolver, não ameaça ninguém. O perigo não mora lá. Mora ao lado, e vai tornando cada vez mais repulsiva a face primitiva da América do Sul.  Lembra a cara de um botequim sem gerente. Quem fazia de conta que exercia essa função é o único que se expressa numa lingua parecida com o português. Agora ficou claro que Lula é apenas mais um no meio da turma que berra, murmura, desconversa ou se omite em mau espanhol. Manda no botequim o garçom Hugo Chávez, chefe do boliviano Evo e do equatoriano Rafael. Eles servem à freguesia o que lhes vem à cabeça. Ninguém reclama.

Fiel a seu estilo, também fora do Brasil Lula sobe ao cadafalso para fingir que vai salvar da guilhotina o inocente enquanto cumprimenta o carrasco. O governo colombiano apreendeu num acampamento das Farc armas de fabricação sueca compradas pela Venezuela. Uribe pediu explicações. Silêncio no Itamaraty. Chávez revidou com a falácia de que o acordo entre a Colômbia e os Estados Unidos ameaça a região. Berros solidários no Itamaraty. Nenhum sussurro sobre os bilhões de dólares que o comandante bolivariano vem torrando em armas soviéticas. Nada sobre o noivado entre Chávez e o Irã.

Só pode ser praticada nas sombras uma política externa covarde, ambígua, malandra. Pega mal mostrar ao mundo que o Brasil é comparsa de farsantes que procuram o futuro num passado que não deu certo. Compreensivelmente, Lula limitou-se a balbuciar banalidades, recitar lugares comuns e propor reuniões com Obama. Transmitido ao vivo, o falatório revelou que o cara é um brasileiro fantasiado de Supermacunaíma. Continuar lendo esse post »

Viva a Segunda Independência!

do Blog de Augusto Nunes

image

Soube-se neste histórico 31 de Agosto (A maiúsculo, como convém a uma data condenada a virar feriado nacional) que o pré-sal é uma dádiva de Deus ao maior estadista de todos os tempos, escolhido pessoalmente por Ele para salvar o país onde ambos nasceram. Soube-se também que o Brasil proclamou a Segunda Independência, e que haverá dinheiro de sobra para tudo e para todos. Logo estarão nadando num oceano de reais, dólares e euros os governadores do litoral e os sem-praia, o sistema de saúde, o ensino público, a Petrobras, o turismo, a Amazônia, as estradas federais, o trem-bala, a transposição do Rio São Francisco, o esquema de combate às secas e enchentes, os companheiros de primeira hora e os recém-chegados, os generais da base alugada e os soldados rasos das tropas de choque, a navegação fluvial, a indústria automobilística, os amigos do ministro de Minas e Energia, os parentes do dono daquela diretoria que fura poço, a aviação civil, as Forças Armadas, a rede de atalhos, trilhas e picadas que ligam o Brasil aos vizinhos bolivarianos, os destacamentos militares da fronteira, a Polícia Militar e a a Polícia Civil, o progresso da Bolívia e o desenvolvimento sustentado do Paraguai, a campanha de Dilma Rousseff, os presídios federais de segurança máxima — fora o resto.

Graças às fabulosas jazidas nas profundezas do Atlântico (ainda não se sabe direito como içar o tesouro, mas com o Brasil ninguém pode, e antes da eleição a gente chega lá), as favelas se transformarão em bairros chiques, a TV Brasil ficará maior que a Globo, a gripe suína será erradicada, os parlamentares que faltam assinarão o contrato de aluguel, o novo salário mínimo subirá para 10 mil dólares mensais, a elite golpista agonizará confinada em Roraima  e os pobres que restarem serão tão poucos que, expostos à visitação pública a 10 reais por cabeça, logo ficarão mais ricos que os ricos de nascença. Bem melhor que a outra, esta Segunda Independência.

Só não ficou muito claro o que o governo ainda está esperando para baixar a carga tributária em pelo menos meia tonelada.

O sósia de Patton e a reencarnação de Bolivar

do Blog de Augusto Nunes

image image

Sempre com a saúde debilitada, Nelson Rodrigues sentiu-se tão mal naquele dia que imaginou que iria morrer. Quais seriam suas últimas palavras?, quis saber um amigo na redação.  “Você promete que publica?”, primeiro tratou de assegurar-se. Ao ouvir que sim, eternizou outra frase: “Que besta quadrada era o Karl Marx”.

Ele se acharia pouco superlativo caso vivesse para ver o que virou a galharia sul-americana da árvore genealógica plantada por Marx. A árvore já foi bastante frondosa. Depois da monumental implosão da União Soviética, as ramificações que se estendiam pelo mundo civilizado secaram. Os galhos da América do Sul continuam viçosos e dando frutos. O mais recente tem a cara do venezuelano Hugo Chávez.

Ninguém sabe direito o que é o socialismo revolucionário bolivariano. Nem Chávez. O que está claro é que o chefe da seita é um bisneto degenerado de Karl Marx. Saiu ao bisavô, diria Nelson Rodrigues se conhecesse a besta quadrada que, há 11 anos no poder, colocou em frangalhos a democracia venezuela e não para de armar confusões no subcontinente.

“É um farsante perigoso”, resume um general destacado para a Amazônia que conviveu dois anos com o coronel cucaracha. Ele acha apenas ridículas as recorrentes ameaças de invadir a Colômbia. “Mesmo com os acordos que celebrou com a Rússia e o Irã, a Venezuela não teria a menor chance num confronto armado com o vizinho”, explica. “Muito menos arriscado é financiar as FARC, como Chávez tem feito”.

O perigo mora do outro lado, sabe o Exército e fingem ignorar o Planalto e o Itamaraty. Com pouco barulho, mas inquietante frequência, Chávez vem reivindicando a posse da província de Essequibo, que representa dois terços da Guiana e roça a fronteira norte do Brasil. Em 13 de março de 2006, por ordem do aprendiz de tirano, a bandeira da Venezuela juntou mais uma estrela às sete já existentes. A oitava antecipa a incorporação de Essequibo.

No mapa oficial da Venezuela, a província aparece assinalada com traços diagonais, que identificam territórios contestados. Chávez prometeu mais de uma vez remover a bala esses traços ─ que há dois anos desapareceram dos mapas militares produzidos pelas Forças Armadas. Em tese, a Guiana é uma presa fácil: dispõe de 1600 homens, 3 lanchas de patrulha e nenhum avião de combate. Mas é improvável que o mundo inteiro encare a agressão absurda com a indulgência malandra dispensada pelo governo Lula ao companheiro delinquente.

Em 2 de abril de 1982, acuado pela crise política, o ditador argentino Leopoldo Galtieri exagerou no uísque e resolveu invadir as ilhas que chamava de Malvinas e os ingleses, donos do lugar, chamam de Falklands. Galtieri achava-se parecido com o general americano George Patton. Descobriu tarde demais que tinha alguma semelhança com o ator George C. Scott, que interpretou Patton no cinema mas não era parecido com o personagem.

Quase 30 anos depois, a Venezuela é governada por uma figura que se acha uma reencarnação de Simon Bolivar. Nem precisa de alguns tragos a mais para atacar a Guiana. Basta uma crise política. Se partir para a conquista de Essequibo, saberá que é mais prudente incorporar heróis de outros séculos num terreiro de macumba. Melhor detê-lo antes que venha a guerra.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O SELO DO LULA

Lula queria um selo com sua foto para marcar o aniversário de seu
governo..

Duda Mendonça achou boa a idéia e executou o projeto. Lula aprovou e
mandou a ECT fazer 10 milhões de selos. Quando o selo foi para as
ruas, Lula ficou radiante! Mas, em poucos dias, ficou furioso ao
ouvir reclamações de que o selo não aderia aos envelopes.

Imediatamente, convocou os responsáveis pela confecção e emissão do
selo com sua imagem, ordenando que investigassem rigorosamente o
assunto.

Comissões pra lá, grupos, subgrupos e equipes aos montes pesquisaram
as agências dos Correios de todo o país, ouviram usuários,
balconistas etc...e, finalmente, desvendaram o que estava ocorrendo.

O relatório, com mais de mil páginas, entregue um mês depois, dizia,
na sua conclusão:
"Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o
povo está cuspindo do lado errado"!

Quem foi Arnon Collor - pai do Fernando Collor

Foi no dia 4 de dezembro de 1963 que o senador Arnon de Mello sacou a arma em uma sessão do Senado Federal e mandou bala pra cima do senador Silvestre Péricles, seu inimigo político em Alagoas e a quem acusava de tramar seu assassinato.
Péricles, como um Garrincha das tribunas, driblou os tiros com impressionante habilidade e também sacou a arma – e o Senado viveu momentos de saloon do velho oeste.
Quem pagou o pato nesse bang bang parlamentar foi o suplente acreano José Kairala, que levara a mulher e as filhas ao parlamento para comemorar o último dia do seu mandato. Um dos tiros de Arnon acertou Kairala no peito, diante da família.
Há que se ressaltar que, mesmo no meio do pega pra capar, os parlamentares mantiveram a compostura, tratando-se, em pleno tiroteio, por Vossa Excelência, como pede o decoro da casa. Arnon de Mello, ao mandar bala pra cima de Péricles, gritava segundo testemunhas:
- Vossa Excelência vai morrer, filho da puta, safado. Me ameaçou!
Péricles, abaixado, respondia:
- Vossa Excelência é um crápula. Vossa Excelência é ladrão !
No final da zorra toda, com furo de bala até no teto do Senado, Arnon de Mello, o assassino de José Kairala, não sofreu qualquer tipo de punição pelo ato, protegido que estava pela imunidade parlamentar.
O grand finale do episódio aconteceu no dia seguinte. O jornal “O Globo”, de propriedade de Roberto Marinho – amigo e sócio de Arnon no jornal “Gazeta de Alagoas” – veio com um editorial em defesa do assassino, elogiando inclusive a cultura, a educação e a inteligência do bandoleiro alagoano. Um sujeito finíssimo, verdadeira flor de formosura, como a bala que matou Kairala na frente das filhas e da mulher.
Dizia “O Globo”, nessa verdadeira pérola da imprensa canarinho:
“A democracia, apesar de ser o melhor dos regimes políticos, dá margem, quando o eleitorado se deixa enganar ou não é bastante esclarecido, a que o povo de um só estado – como é o caso – coloque na mesma casa legislativa um primário violento, como o Sr. Silvestre Péricles, e um intelectual, como o Sr. Arnon de Mello, reunindo-os no mesmo triste episódio, embora sejam eles tão diferentes pelo temperamento, pela cultura e pela educação”.

Você sabe qual é a nacionalidade de Adão e Eva?

Um alemão, um francês, um inglês e um brasileiro apreciam um quadro de
Adão e Eva no Paraíso.
O alemão comenta:
- Olhem que perfeição de corpos: ela, esbelta e espigada; ele, com este
corpo atlético, os músculos perfilados... Devem ser alemães
Imediatamente, o francês contesta:
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende de ambas as
figuras... Ela, tão feminina.. Ele, tão masculino.... Sabem que em breve
chegará a tentação.. Devem ser franceses.
Movendo negativamente a cabeça, o inglês comenta:
- Que nada! Notem a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a
sobriedade do gesto. Só podem ser ingleses.
Depois de alguns segundos mais, de contemplação silenciosa, o brasileiro
declara:
- Não concordo. Olhem bem: não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa, tão
na merda... Só têm uma única maçã para comer.
Mas não protestam, ainda estão pensando em sacanagem e pior, acreditam que
estão no Paraíso. Só podem ser brasileiros!