segunda-feira, 30 de março de 2009

Crise empurra a popularidade de Lula ladeira abaixo

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Lula e o governo continuam fazendo um sucesso de refrigerante. Mas a crise começa a roubar-lhes o gás.

Nesta segunda (30), o instituto Sensus divulgou sua mais recente pesquisas. Informa o seguinte:

1. A avaliação positiva do governo despencou 10,1 pontos percentuais em três meses. Foi de 72,5%, em janeiro, para 62,4% agora;

2. No mesmo período, a taxa de aprovação atribuída a Lula caiu 7,8 pontos. Era de 84%. Passou a ser de 76,2%.

Os números captados pelo Sensus seguem a tendência apontada pelo Datafolha dez dias atrás.

Não demora e Lula estará recitando Irving Berlin: “A pior parte do sucesso é que você tem de continuar sendo um sucesso”.

Quanto à sucessão de 2010, a pesquisa mostra:

a) Serra ainda é o favorito; b) Dilma cresce nas costas de Aécio; c) é grande o poder de influência de Lula.

- Serviço: Pressionando aqui, você vai à íntegra do relatório da Pesquisa Sensus.

- PS.: Ilustração via sítio do Dalcío.

Escrito por Josias de Souza às 15h45

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A marolinha chegou

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A imagem de um país sério

A imagem de um país sério

Pró-alcool e o biocombustivel

Pró-alcool e o biocombustivel
Morrerás de cirrose e acabarás com o Brasil...

"Mapa da perversão!"

Folha Online - Blogs - Josias de Souza: "Mapa da perversão!"

sábado, 21 de março de 2009

Metade do Brasil não conhece a Vilma.

Metade do Brasil não conhece a Vilma.

 

Dilma aparece 905.000 vezes no Google. Destas citações, 50% estão relacionadas com a cirurgia plástica e com o seu visual. 16% estão relacionadas com o passado de terror, assaltos e crimes. Somente como político, José Serra tem mais de 3 milhões de citações, entre os quais mais de 1 milhão como "José Serra Presidente".

49% dos brasileiros de todas as idades, classes e regiões nunca ouviram falar em Dilma Rousseff. 95% conhecem José Serra. 86% conhecem Ciro Gomes. 72% conhecem Heloísa Helena. 62% conhecem Aécio Neves. Dilma (ou Vilma) nunca teve exposição na mídia como candidata a cargo eletivo e isto faz uma diferença enorme. Aqueles minutos diários do horário eleitoral, que muitos consideram uma chatice, é que fazem a imagem nacional de um candidato. Seis meses antes das eleições, Dilma terá que abandonar o cargo de ministra da Casa Civil e Lula terá que pisar em ovos para lhe dar apoio. Como em janeiro e fevereiro não acontece nada no Brasil, a dobradinha Lula-Dilma acaba antes do próximo Natal. Vai durar apenas mais nove meses. E vejam que azar: os dois terão que enfrentar a maior crise econômica de todos os tempos, vão estar no olho do furacão. Lula já começa a ver a sua popularidade desabar em poucos meses e vai ter que cuidar de si mesmo, antes de mais nada. Quer sair pronto para 2014 e isto pode passar pelo pescoço da sua favorita. Ou alguém não notou que Dilma queria lançar o tal plano de um milhão de casas no dia 30 e o presidente antecipou para o dia 25 de março, sem ao menos perguntar a ela? Além disso tudo, a imagem de Dilma está associada a tudo, menos a uma potencial candidata à presidência da república. Basta olhar ali em cima, no Google.

Postado por Coronel

Noblat responde.

Noblat responde.

Noblat deu um pulo aqui e deixou uma resposta no post publicado sobre o "presente de aniversário" que recebeu dos petralhas. Lá nos amigos dele(é gozação, Noblat) não deram destaque, mas aqui a resposta vai ter, até porque foi uma bruta sacanagem o que fizeram com o decano dos blogs políticos:

Em resposta a Lilyane:
Eu respondi, sim, no meu próprio blog. E respondi no deles também. Transcrevo o que escrevi:

"Completou 10 anos no último dia 19 o programa semanal Jazz & Tal que faço para a Senado FM. Durante 113 meses, entre março de 1999 e agosto de 2008, paguei do meu bolso todos os custos do programa. Foram 493 programas ao custo mensal de R$ 1.200,00. Devo ser o único brasileiro que até hoje doou dinheiro ao Senado - 135.600,00 (113 meses x R$ 1.200,00). Fi-lo porque qui-lo. Na época, era medíocre a qualidade de produção da rádio Senado. Procurei uma produtora em Brasília - a Linha Direta. Ela cuida do programa. Gosto das coisas bem feitas e topo pagar por elas. Paguei pelo capricho de ter um programa de jazz. Pude pagar e paguei. Em setembro último, sugeri à direção do Senado que a rádio arcasse com os custos do programa pagando diretamente à produtora. Do contrário suspenderia o programa. Disseram-me que não era possível. Que seria possível me pagar como pessoa física para que então eu pagasse à produtora. Firmaram então um contrato comigo no valor mensal de R$ 3.360,00. Descontados pela própria rádio os impostos (R$ 560,00 de INSS e mais R$ 560,00 de IR), e abatido o que eu pago à produtora (R$ 1.750,00), restam-me por mês a fortuna de R$ 490,00. Preciso de mais 23 anos a R$ 490,00 por mês para recuperar os R$ 135.600,00 que gastei do meu bolso durante 9 anos e meio. Não viverei tanto tempo. E não imagino fazer o programa por mais 23 anos. Em tempo: assinei o contrato com meu nome completo - Ricardo José Delgado Noblat. Se o Senado publicou o contrato no seu site omitindo o Noblat, o problema é dele. Nada tenho a ver com isso."

Noblat

Ouça aqui a Rádio Senado FM. E amanhã às 20 horas tem Jazz&Tal com Noblat nas bolachas.

Postado por Coronel

Cartas aos Generais - II

Cartas aos Generais - II

Edição de Artigos de Quinta-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Antônio Ribas Paiva

A ciência política está fora do entendimento da maioria das pessoas, motivo pelo qual, a sociedade precisa se fazer representar. Em nossa correspondência de 05 de fevereiro de 2009, afirmamos, com fundamento em fatos de domínio público, que a nação brasileira padece, desnecessariamente, em razão de vícios de representação.
Segundo os anais do próprio Senado da República, a classe política usurpou o Poder do Estado para a prática sistemática de crimes.
Democracia, excelentíssimos Generais, é a segurança do direito! É público e notório, que o regime político brasileiro, em razão dos desvios assinalados acima e em nossa primeira correspondência, não é democrático!
Não podemos concordar com a tese de que o sufrágio do governo do crime seja garantidor de democracia. Até porque, o eleito deveria ser o melhor entre iguais. A distorção, na escolha sistemática dos piores, evidencia doença institucional, que merece a atenção do nosso Exército.
Compete a todos os cidadãos e, principalmente, ao Exército e às demais Forças Armadas, instituídas pela nação para a sua defesa, restabelecer as instituições rompidas pela classe política.
O Brasil deveria ser de todos os cidadãos. Mas, em razão da ruptura institucional provocada pelo crime no poder, atualmente pertence, apenas, à classe política, nos festins de seus castelos.
Voltamos a insistir que as chamadas “políticas oficiais” devem ser analisadas com todo o cuidado, como é o caso da já famosa END. Ela parece o “FIM” porque é inconstitucional por vários aspectos, ressaltando-se: a tentativa de submissão das Forças Armadas a interesses político partidários, o comprometimento da destinação Constitucional e Institucional das Forças Armadas através da politização e burocratização do seu emprego, além de rebaixamento dos generais de alto comando ao 5º escalão administrativo, ao submetê-los a um secretariado do Ministério da Defesa.
A União Nacionalista Democrática (UND) é uma associação patriótica que reúne cidadãos com conhecimento e experiência multidisciplinar, colocados a serviço da pátria, para aprimorar e fortalecer as instituições e a verdadeira democracia, que como a castidade e a honestidade não têm gradação.
Colocando-nos à disposição do Exército para o que necessário for, mais uma vez, escrevemos aos Generais para requerer urgentes providências, escoimadas no art. 142 da Constituição Federal, para o restabelecimento das Instituições.
Patriotas de verdade – como os Oficiais Profissionais do nosso Exército - jamais podem ser confundidos com verdadeiros traidores da Pátria, no comando do Governo do Crime.
Antônio José Ribas Paiva, advogado, é presidente do grupo de estudos União Nacionalista Democrática (UND).
Leia também os artigos: Cartas aos Generais - I e Carta a um Jobim fora do tom

Postado por Alerta Total de Jorge Serrão

Operação Limpeza!

CARTA DE PROTÓGENES A OBAMA DESCONSERTA O ESQUEMA

A carta aberta do delegado Protógenes a Barack Obama (role de rir depois de ler o post) — pedindo a intervenção da CIA no Brasil e sugerindo que Lula está na folha de pagamento de Daniel Dantas e atua para beneficiar uma organização criminosa — desconsertou alguns canalhas que usavam a pregação supostamente moralista do delegado como biombo para esconder seus próprios crimes. E expõe o primitivismo do aporte moral, ético e político da rataria.
De saída, cabe a questão óbvia. Um delegado da Polícia Federal acusa publicamente o presidente da República de ter cometido um crime. Por mais que isso possa ser constrangedor, ele se tornou uma figura importante na Polícia Federal. Está lotado numa seção pomposamente chamada de Coordenação da Defesa Institucional. Fica por isso mesmo? O Ministério Público Federal não vai se interessar pela sua denúncia, em defesa do cidadão? Ou bem ele está certo, e Lula atua para beneficiar o crime organizado, ou bem ele está mentindo e tem de ir para a cadeia.
A carta aloprada de Protógenes expõe o edifício de vigarice e, quem sabe?, loucura que tomou conta do subjornalismo venal, que se aproveitou do fato de Daniel Dantas ser quem é para atuar a serviço de seus inimigos, como se tudo o que não fosse Dantas fosse coisa boa. Ah, mas não é mesmo! Há muitos inimigos de Dantas que só o são porque ainda piores do que ele. Como lembra Padre Vieira num sermão (vai de memória), “De um chamado Seronato, disse com discreta contraposição Sidônio Apolinar: ‘Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos e em os fazer”. E emenda Viera: “[isso] Não era zelo de justiça, senão inveja: [Sidônio Apolinar] queria acabar com todos os ladrões do mundo para roubar ele só”. Entenderam ou querem que seu desenhe.
HÁ MUITA GENTE SE CANDIDATANDO A CARCEREIRO DE DANIEL DANTAS QUE, NA VERDADE, FICARIA MELHOR DIVIDINDO A CELA COM ELE. EU POSSO ESCREVER ISSO PORQUE NADA DEVO A DANTAS. ELES NÃO PODEM PORQUE SÃO PAGOS PELOS INIMIGOS DE DANTAS. DEVEM-LHES O FEIJÃO QUE COMEM E AS CALÇAS QUE DESONRAM. FUI CLARO OU PRECISO DESENHAR?
Quanto aos imbecis que escrevem afirmando que, se Protógenes está sendo criticado pelos dois lados (pelos petistas e pelos não-petistas), então é sinal de que ele está certo, responder o quê? Vocês sabem que evito sempre evocar o nazismo para argumentar contra (ou em favor de) isso e aquilo porque estou entre aqueles que acham que isso é só uma facilidade, que não ilustra nada e desmoraliza o debate. Mas vá lá: para ilação tão pedestre, uma resposta rasa: tanto os aliados como a URSS (ao menos a partir de um certo ponto) combateram Hitler. E isso não queria dizer, obviamente, que Hitler tinha razão. Sem contar que é até provável que o genocida, a exemplo do czar naturalista da poesia de Drummond, tivesse seu lado bom. Talvez gostasse de animais e achasse um absurdo que se caçassem borboletas, embora certamente não o constrangesse caçar os homens.
Nem vem que não tem. Se Protógenes estiver certo, Lula tem de dividir a cadeia com Daniel Dantas. Se Protógenes estiver mentindo, é ele próprio quem tem de dividir a cela com o banqueiro. E os porta-vozes do delegado no subjornalismo são co-responsáveis morais por essa e por outras acusações. Os mais covardes, como de hábito, já começam a tirar o time de campo, não é mesmo? De resto, o delegado deveria merecer o título de advogado emérito de Dantas. A banca de doutores certamente tentará demonstrar que seu cliente é tão vítima das maluquices do delegado quanto Luiz Inácio Lula da Silva, ainda que não seja assim. E foi Protógenes quem os igualou. Ou melhor: igualou nada! Lula estaria na folha de pagamento do outro. Seria só seu empregadinho.
A Carta Aberta a Obama revelou a real natureza desse delegado. E agora seus porta-vozes no subjornalismo buscam uma saída honrosa, como se isso fosse possível.
OBS: Faço esta observação depois de ler alguns comentários.
Eu quis escrever “desconsertar” mesmo, com “s”: a carta fez o esquema “deixar de funcionar”, “desarranjando-o”, “desarrumando-o”, pondo-o em “desalinho”. Mas também serve o “desconcertar”, com “c”, como querem alguns leitores: levou a canalha a uma espécie de desacordo. Serve, mas não é o melhor. Uma das acepções de “desconcertado” é “embaraçado” — muitos empregam a palavra como sinônimo de “envergonhado”. E vergonha eles não têm. Assim, é melhor com “s” mesmo: eles estão é se desarrumando.

Por Reinaldo Azevedo

Charge - Amarildo

Extra! Revelada a Imagem do Corporativismo no Congresso

Grupo de Tarso lança a candidatura de Dilma a 2010

 

Fotos: ABr e Folha

Antecipando-se à decisão partidária, a corrente “Mensagem ao Partido”, segundo maior grupo do PT, lançou um manifesto em que declara apoio a Dilma Rousseff.

“Consideramos a companheira Dilma Rousseff [...] uma solução adequada para a nova vitória em 2010...”

“...E para a continuidade e aprofundamento das medidas essenciais que marcam a presidência de Lula”.

O grupo “Mensagem ao Partido” foi criado em fevereiro de 2007. Surgiu pregando a reforma ética no PT pós-mensalão e a oxigenação do diálogo interno.

Um de seus expoentes, o deputado José Eduardo Cardozo (SP), converteu-se em secretário-geral do PT. É o segundo posto na hierarquia partidária.

O apoio a Dilma vem à luz num encontro que o grupo realiza no Rio. Começou neste sábado (21), com a presença da candidata de Lula. Termina neste domingo (22).

A chefona da Casa Civil foi recepcionada com uma cantoria tomada de empréstimo das campanhas de Lula: “Olê, olê, olê, olaaaaaaá, Dilmaaaaaa, Dilmaaaaa!”

Posou para fotos abraçada ao ministro Tarso Genro (Justiça), uma espécie de ideólogo do grupo. A cena como que sepulta as insinuações de que Tarso tramaria contra Dilma.

O manifesto do grupo de Tarso foi levado à web. Chama-se “Uma Nova Mensagem para Uma Nova Conjuntura”. Pode ser lido aqui.

Além da manifestação de simpatia pela candidatura presidencial de Dilma, o texto elege passeia pela crise econômica e pela conjuntura política.

O manifesto flerta com o óbvio em duas passagens. A primeira: “O encaminhamento da crise definirá as características da eleição de 2010”.

A segunda: “Interessa ao PT [...] transformar o pleito [de 2010] em um plebiscito sobre os rumos do Brasil”.

O grupo deseja uma disputa plebiscitária entre o petismo e o tucanato. De um lado, os “avanços” da gestão Lula. Do outro a “volta atrás” representada pela dupla PSDB-DEM.

De resto, o texto da “Mensagem ao Partido” joga na atmosfera um conjunto de provocações econômicas. Vão abaixo quatro exemplos:

1. O BC e os juros: O texto trata a instituição presidida pelo ex-tucano Henrique Meirelles como um corpo estranho na gestão Lula.

Anota que o BC move-se “na contramão” da “política popular” que caracteriza o governo. “Mantém os juros em patamares elevadíssimos”.

Insinua que Meirelles e sua equipe estão em conluio com o “cartel” da banca privada:

“O BC e o setor financeiro privado, que muitos, não por acaso, consideram quase uma coisa só, dificultam o combate à ameaça recessiva”.

A pretexto de “garantir a expansão do PIB em 2009”, sugere-se “colocar um fim à autonomia operacional do BC”.

Única maneira de “dotar o país de uma política monetária coerente com o esforço antirrecessivo”.

Em discurso que dirigiu ao grupo neste sábado, Dilma também fez referência aos juros. Na prática, a ministra antecipou decisões que competem ao BC:

"Temos condições de reduzir os juros de forma significativa, sem comprometer a estabilidade do país. E nós vamos fazê-lo".

2. Intervenção em ex-estatais: Para os petistas do grupo “Mensagem ao Partido” o governo deveria agir para reverter as demissões feitas por ex-estatais.

Como? Utilizando “a participação acionária que ainda tem em empresas antes inteiramente públicas”.

O texto menciona duas ex-estatais privatizadas sob FHC: Vale e Embraer. Afrima que, “se necessário, a participação estatal deve aumentar” nessas empresas.

3. Mercado financeiro: Além de pregar o aumento da participação acionária do governo nas ex-estatais, o grupo defende “maior presença do Estado no setor financeiro”.

Embora o texto não diga explicitamente, sugere nas entrelinhas que o Estado deveria adquirir bancos privados.

Prega também, nesse caso às claras, a imposição de controles à “entrada e saída de capital estrangeiro” no pis e o “controle cambial”.

4. O Judiciário: O texto traz um ataque velado ao presidente do STF, Gilmar Mendes. Sem mencionar-lhe o nome, anota:

“Cumpre destacar o papel de alguns representantes do Poder Judiciário no sentido de bloquear os avanços democráticos obtidos nos últimos anos...”

“...Em especial, através da criminalização dos movimentos sociais, da proteção a corruptos e corruptores [...]”.

Nos últimos dias, Gilmar pendurou nas manchetes duros ataques às relações “promíscuas” que unem as arcas do Estado ao MST.

Antes, Gilmar fora criticado pelo petismo por ter expedido duas decisões que liberaram da cadeia Daniel Dantas, o preso mais ilustre da Satiagraha.

De resto, o grupo defende que o PT defina rapidamente “a agenda que centralizará” a disputa presidencial de 2010.

“Especialmente em eleições nacionais, quem define a agenda tem assegurada uma das condições fundamentais para a vitória...”

“...E a agenda do futuro não vai esperar 2010. Ela voltará então com tudo, mas já deve ser discutida agora pela pressão da crise”.

Escrito por Josias de Souza às 20h01

Uma defesa do Congresso contra quem o achincalha

 

Sérgio Lima/Folha

Só há duas maneiras de uma sociedade se organizar. Uma é a democracia. Outra, a ditadura.

Na democracia, os dissensos se liquefazem na saliva, à custa de muita conversa, de arrastadas negociações.

Na ditadura, os conflitos são resolvidos na marra, sob tortura, censura e outras ignomínias.

Dê-se de barato, por óbvio, que a democracia é melhor do que a ditadura. E siga-se adiante.

No organismo de uma sociedade democrática, o coração pulsa no Congresso. Por quê?

Pela simples razão de que a criatividade humana não logrou inventar nenhum artifício alternativo para dissolver os seus conflitos.

O que é o Parlamento? Numa definição simplista, é a alternativa ao vale-tudo.

O Congresso não é senão a melhor opção disponível para evitar que os conflitos deságuem em violência.

Evolua-se para uma segunda interrogação: De que matéria-prima é feito o Legislativo?

A resposta é, de novo, singela. Não há marcianos na Câmara e no Senado. Nenhum dos seus membros desembarcou de uma nave de outro planeta.

As duas casas legislativas nascem dos votos, misturados numa argamassa que concentra as vontades, os anseios do eleitor.

Numa palavra: o Congresso é feito de pedaços da própria sociedade. Ali convivem pessoas de todas as origens.

Empresários, sindicalistas, padres, evangélicos, direitistas, esquerdistas, brasileiros de bem e malfeitores.

Em meio a uma composição assim, tão diversa, as decisões do Parlamento nem sempre resultam de consensos perfeitos.

Por vezes, o dissenso é resolvido, atenuado ou postergado por meio de acordos possíveis.

Um exemplo: No ocaso da ditadura brasileira, o Congresso enterrou a emenda que instituía a eleição direta.

Um ano depois, contornou o erro elegendo Tancredo Neves no colégio eleitoral. Por vias tortas, chegou-se ao desejo das ruas.

Pois bem, em períodos como o atual, uma fase em que o Senado está pendurado nas manchetes com a aparência de casa de trambiques, viceja o discurso fácil.

Observadores destemperados, mal informados ou, pior, mal-intencionados põem-se a dirigir impropérios contra o Congresso.

Há até quem, no pico da raiva, se aventure a defender o fechamento do Legislativo. Erra-se o alvo. Subverte-se o debate.

O vício não está no Congresso, mas nos congressistas. Noutros tempos, quando o caldeirão político ferveu, o Parlamento soube manusear o balde de água fria.

No Collorgate, apeou-se do poder um presidente da República. Na crise do Orçamento, foram passados na lâmina os mandatos dos anões.

Mais recentemente, deputados que se serviram das arcas valerianas foram poupados.

Um senador que pagava mesada à ex-amante valendo-se da intermediação de um lobista amigo, teve o mandato preservado.

Um Congresso decente teria se privado da autohumilhação. Ou, por outra, teria se esquivado de humilhar o país.

Natural que, agora, a crise escorregue para o prosaico. O deputado que esconde o castelo de R$ 25 milhões, o diretor-geral que oculta a casa de R$ 5 milhões...

...Outro diretor que cede o apartamento da Viúva aos filhos, as 181 diretorias do Senado as 104 diretorias da Câmara, isso e mais aquilo.

É justo, muito justo, justíssimo que a platéia expersse sua ira. Mas deve fazê-lo sem olvidar um detalhe crucial: a alternativa à democracia é o tanque da ditadura.

De resto, vale lembrar um episódio que envolveu Picasso e o seu "Guernica", quadro que mostra a destruição da cidade de mesmo nome durante a guerra civil espanhola.

Ao visitar Picasso em seu estúdio, um militar alemão deu de cara com uma reprodução de "Guernica". "Foi o senhor que fez?", perguntou.

E Picasso: "Não, não. Foram os senhores". Assim também com o Congresso. É ruim? Pois foi você que fez.

Escrito por Josias de Souza às 18h28

Marco Aurélio aponta supostos vícios de condução no processo de demarcação da reserva Raposa Serra do Sol

Quinta-feira, 19 de Março de 2009

Marco Aurélio aponta supostos vícios de condução no processo de demarcação da reserva Raposa Serra do Sol

Edição de Quinta-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Jorge Serrão

Pelo menos um ministro do Supremo Tribunal Federal teve a coragem de comprovar ontem, no julgamento do caso Raposa do Sol, que a “unanimidade é burra” – conforme pregava o dramaturgo Nelson Rodrigues. O Ministro Marco Aurélio de Mello investiu seis horas para defender, em seu voto, a anulação da demarcação em faixa contínua, homologada em abril de 2005 pelo desgoverno federal.
Marco Aurélio de Mello apontou supostos vícios de condução do processo sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, que poderiam acarretar sua nulidade. Marco Aurélio frisou partes fundamentais interessadas na regularização da área foram excluídas no processo que resultou no reconhecimento da reserva. Mesmo assim, a tese contrária aos interesses soberanos do Brasil continua vencendo pelo placar de 9 a 1. A votação será retomada logo mais com a decisão final do ministro-presidente Gilmar Mendes.
Até a conclusão do julgamento, qualquer ministro pode rever seu voto. É difícil (mas não impossível) que tal milagre aconteça. Até o momento, nove ministros já votaram a favor dos índios e pela retirada dos agricultores brancos da região de 1,7 milhão de hectares. O desgoverno federal e os índios defendem a demarcação em áreas contínuas. Já os arrozeiros e o governo de Roraima admitem a reserva segmentada em ilhas – o que também comprometeria a soberania brasileira, mas seria menos danoso ao Brasil.

Decisão do STF para demarcação de “Nações Indígenas” facilita lobby no Congresso para "fatiar" a Amazônia

Sexta-feira, 20 de Março de 2009

Decisão do STF para demarcação de “Nações Indígenas” facilita lobby no Congresso para "fatiar" a Amazônia

Edição de Sexta-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Jorge Serrão

O Supremo Tribunal Federal, que ao menos em tese é o guardião da Constituição, ratificou ontem o primeiro passo para o Brasil perder a soberania sobre a Amazônia. A decisão de manter a demarcação em terra contínua dos 1,7 milhão de hectares da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, era a brecha que os movimentos internacionalistas queriam para forçar o Congresso Nacional a homologar, em breve, a famigerada Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU, que valerá como uma “emenda à Constituição”.
A tese das “Nações Indígenas independentes” vai vigorar no Brasil graças a um casuísmo político. Em 2004, misturada à emenda nº 45, que cuidava da reforma do Judiciário, foi introduzido na Constituição o parágrafo 3º do artigo 5º. O casuísta dispositivo determina que serão equivalentes a emendas constitucionais os tratados internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, na Câmara e no Senado, em dois turnos, por três quintos dos votos.
Assim, poderão ser criadas 216 “nações” indígenas (com autonomia política e administrativa) dentro do território brasileiro. Outras 53 tribos indígenas, que se mantêm arredias a contatos com a civilização, também terão o mesmo “direito”. Tudo ficou mais fácil depois que o STF, por 10 votos a 1, homologou a Raposa do Sol. Agora, os índios terão direito exclusivo ao uso da terra e os produtores de arroz instalados na região deverão se retirar. O ministro Marco Aurélio de Mello foi o único voto contrário a esta jogada internacionalista contra a Amazônia.
Para o fingir que a decisão não tem caráter entreguista – o que está objetivamente evidente -, o STF impôs 19 condições que servirão à demarcação de terras indígenas de agora em diante. Uma das regrinhas para inglês ver determina que os índios ficam proibidos de explorar recursos hídricos e potenciais energéticos das reservas, a não ser com autorização do Congresso. Como os parlamentares entreguistas, bem incentivados, aprovam tudo, a regra do STF só valoriza os lobbies ocultos internacionais.
Outra ressalva aprovada pelo STF determina que as Forças Armadas terão direito de entrar em reservas para proteger o território nacional. O problema é que a interpretação sobre a quebra da soberania fica a cargo do Ministério da Defesa e da própria Presidência da República. Ao contrário dos índios – que têm cada vez mais apito -, os Oficiais Generais brasileiros apitam cada vez menos, ainda mais depois da END – a famigerada e criticada Estratégia Nacional de Defesa, que rebaixa os generais de alto comando ao 5º escalão administrativo, submetendo-os a um secretariado do Ministério da Defesa.
Soberania em perigo objetivo

Conforme o Alerta Total já cansou de denunciar, a declaração da ONU tem pelo menos 5 de seus 46 artigos que contrariam, diretamente, a nossa Constituição (ainda em vigor, até prova em contrário):
Art. 4: "Os povos indígenas, no exercício de seu direito de livre determinação, têm direito à autonomia (sic) ou ao autogoverno (sic)... a reforçar suas instituições políticas, jurídicas, econômicas, sociais, culturais".
Art. 9: "Os povos indígenas têm direito a pertencer a uma comunidade ou nação (sic) indígena".
Art. 26: "Os povos indígenas têm direito às terras, territórios e recursos que tradicionalmente tenham possuído, ocupado ou utilizado".
Art. 30: "Não se desenvolverão atividades militares (sic) nas terras ou territórios dos povos indígenas, a menos que tenham solicitado".
Art. 36: "Os povos indígenas, sobretudo os separados por fronteiras internacionais (sic), têm direito de manter e desenvolver contatos, relações e cooperação com outros povos, através das fronteiras" (sic).

Barão de Itararé - (Apparício Torelly)

Barão de Itararé - (Apparício Torelly)

"Al Barón de Itararé
un grande entre los grandes,
con respeto le saluda de pie
el poeta de los Andes:
Neruda.

(Pablo Neruda, 1945)

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé, nasceu na cidade de Rio Grande, no interior do Estado do Rio Grande do Sul, um local próximo à fronteira com o Uruguai, no dia 29 de janeiro de 1895.
Em 1906 matricula-se, como interno, no Colégio Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo-RS, onde faz o seu primeiro jornal manuscrito, intitulado "Capim Seco", com tiragem de um exemplar, em 1909.
Deixa o colégio após cursar o 5º. ano ginasial, em 1911. Anos depois, por pressão familiar, matricula-se na Faculdade de Medicina de Porto Alegre-RS.
"Pontas de Cigarros", "versos diversos" e "poemas bem humorados", o primeiro e único livro com seu nome verdadeiro, é publicado em 1916.
Em 1918, durante suas férias, sofre um derrame quando andava a cavalo na fazenda de um tio. Face ao problema surgido, abandona a Faculdade no 4º. ano e inicia viagens pelo interior do estado, fazendo conferências sobre diversos assuntos. Publica sonetos e artigos em jornais e revistas, como: "Kodak", "A Máscara" e "Maneca". A partir de então, dedica-se exclusivamente ao jornalismo.  Nessa mesma época funda "A Noite e a Reação", "A Tradição" e " O Chico", seu primeiro jornal de humor. Casa-se com Alzira Alves, com quem tem três filhos: Ady, Ary e Arly.
Já separado, em 1925, muda-se para o Rio de Janeiro. Começa a trabalhar no jornal "O Globo" como articulista, tendo como padrinho Irineu Marinho, Diretor-proprietário daquele matutino. Com sua morte, naquele mesmo ano, Aparício Torelly desliga-se do jornal e, a convite de Mário Rodrigues (pai de Nelson Rodrigues), ex-secretário do Correio da Manhã, começa a escrever uma coluna na primeira página da que, no futuro, seria "A Manhã". Com ele vai Andres Guevara, ilustrador, que conhecera há pouco. 
No dia 2 de janeiro de 1926 estréia n'"A Manhã" com a coluna intitulada "A manhã tem mais...", assinada sob o pseudônimo de Apporelly. Diante da boa receptividade que obteve, o humorista é levado a criar outra coluna, também na primeira página.
Aproveitando-se da data, em 13 de maio de 1926 abandona o emprego e funda seu próprio jornal, "A Manha", um tablóide de circulação nacional. O jornal é um sucesso completo, superando as fórmulas já velhas conhecidas dos leitores, como "O Malho", "Fon-Fon" e "Careta".

Historia contada sobre o autor: Corria o ano de 1928. Em Porto Alegre, uma conferência sobre pesquisa para descobrir a causa da aftosa (doença que ataca o gado) mobilizava um público atento. Getúlio Vargas, então deputado no Distrito Federal (Rio de Janeiro), estava presente. O conferencista, dono de argumentação técnica consistente, impressionava. No encerramento, disse:
— É imperioso que desenvolvamos esse tipo de pesquisa, para benefício do Brasil, pois que uma vacina eficaz contra a aftosa tem grande significado econômico.
Criado o clima de gran finale, aumentou a voltagem atmosférica, ao desafiar, subitamente:
— Afinal de contas, quem é que somos nós? Repito: quem é que somos nós?
Ato contínuo, frente a uma platéia literalmente hipnotizada, o conferencista começou a dançar e a cantar o conhecido hino: "Nós somos da pátria amada, fiéis soldados...". E dançando e cantando saiu da sala.
Em 1929 "A Manha" circula como encarte semanal do jornal "O Diário da Noite", por quatro meses. O jornal, do conhecido Assis Chateaubriand, na primeira semana dobra a tiragem, vendendo 15.000 exemplares, até atingir a marca de 125.000 exemplares na data da publicação do programa da Aliança Liberal. 
Sempre irreverente, em 1930, com a revolução, o autor proclama-se Duque de Itararé, herói da batalha que não houve. Semanas depois, rebaixa-se a Barão como prova de modéstia. No dia 02 de setembro de 1932 é preso pela 4º. delegacia auxiliar (responsável pela ordem política e social), após "delirante atividade revolucionária" mantida nas páginas d' "A Manha" e constantes estocadas contra o governo instalado pela revolução. 
O ano de 1934 marca a abertura do "Jornal do Povo", em outubro, em companhia de Aníbal Machado, Pedro Mota Lima e Osvaldo Costa.  Nos dez dias em durou, o jornal publica em fascículos a história de João Cândido, um dos marinheiros da revolta de 1910. O Barão é seqüestrado e espancado por oficiais da marinha nunca identificados. Depois do atentado retorna à redação e afixa uma placa na porta: "Entre sem bater".
Preso, novamente, em 09 de dezembro de 1935, por ser militante e um dos fundadores da Aliança Nacional Libertadora, permanece "em cana" durante todo o ano de 1936, primeiro a bordo do navio presídio D. Pedro I, depois na Casa de Detenção do Rio de Janeiro; juntamente com Hermes Lima, Eneida de Morais, Nise da Silveira e Graciliano Ramos. Dona Zoraide, sua segunda mulher, falece nesse ano.
Este último, em "Memórias do Cárcere", referiu-se por diversas vezes  ao Barão, tendo dito: "... Ao fundo, Apporelly arrumava cartas sobre uma pequena mesa redonda, entranhado numa infinita paciência. Avizinhei-me dele, pedi notícias do livro que me anunciara antes: a biografia do Barão de Itararé. Como ia esse ilustre fidalgo? A narrativa ainda não começara, as glórias do senhor barão conservavam-se espalhadas no jornal. Ficariam assim, com certeza: o panegirista não se decidia a pôr em ordem os feitos do notável personagem."
Mas suas citações sobre o Barão em seu famoso livro desagradaram a amigos do enfocado, como se pode perceber nas declaração de Carminda de Azevedo Mendes Steed, amiga de Apparício: "...E quem leu "Memórias do Cárcere" e quem conheceu o Apporelly, fica com uma bruta duma raiva do seu Autor, o insigne, amargo, festejado, realista, seco como o sertão -- ah, um cactos o cáustico Graciliano, quando relata o dia a dia de seus companheiros presos e onde focaliza um Apporelly piadista, loquaz e festeiro, durante o dia sempre tentando levantar o moral de todo o mundo e um pobre desvalido, acometido de tremuras e suadeiras à noite como que atrapalhando, incomodando o repouso de seus companheiros. Um covarde travestido de bufo? Não seria isso mesmo que a gente lê nas entrelinhas?".
E concluía: "...Sabia lá Graciliano se essas noites nos dormitórios extensos de altas paredes e silêncios seculares onde o interno de São Leopoldo, nas mãos daqueles Mestres (que Ele, convenhamos, amava) alemães e jesuítas, como se não bastasse serem só alemães ou só jesuítas, aquele menino carente e vulnerável, órfão de mãe e premiado por um pai truculento e lacônico, ou seriam essas noites no Pedro I não o reflexo de sua infância já tão antiga, mas, a realidade do aqui e agora da infância e adolescência de seus filhos -- sem mãe também e jogados às traças por um amigo desleal a quem Apporelly os confiou."
Solto em 21 de dezembro de 1936, com outros 100 presos, reabre "A Manha", que só consegue funcionar por um ano, sob severa censura do DIP. Casa-se, pela terceira vez, com D. Juracy, que lhe dá mais um filho, Amy Torelly.
Janeiro de 1938 marca sua volta ao "Diário de Notícias", do Rio de Janeiro, e da coluna "A manhã tem mais...", onde colabora por quase seis anos. 
No dia 27 de janeiro de 1939 é preso novamente por três dias. O fato se repetirá diversas vezes até o fim do Estado Novo. 
D. Juracy, sua esposa, falece em 1940, ao dar à luz àquele que seria seu segundo filho com ela. A criança também falece. Apporelly retira-se para uma chácara em Bangu, no Rio, cedida pelo industrial Guilherme da Silveira Filho, e ali instala um laboratório onde desenvolve pesquisas sobre a vacina contra a febre aftosa, baseado em teorias de Pasteur.
Sua filha Ady morre em 1943, vítima de complicações pós-operatórias provocadas pela extração do apêndice.
Homenageado com um jantar na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), por amigos e jornalistas, em 1944, pelos seus 25 anos de jornalismo, no ano seguinte o Barão encabeça, no ano seguinte, um abaixo-assinado por liberdades democráticas. Ressurge "A Manha" com enorme sucesso, superando o que havia feito nas décadas de 20 e 30, contando com a colaboração de renomados escritores, tais como: José Lins do Rego, Sérgio Milliet, Rubem Braga, Raimundo Magalhães Jr. e Álvaro Lins. Arnon de Melo assume a área comercial do jornal e incentiva o aparecimento da figura do Barão como garoto-propaganda. Participa ativamente da campanha de Yedo Fiuza, candidato oficial do Partido Comunista Brasileiro (PCB) à presidência da República.
Candidata-se à Câmara do Distrito Federal pelo PCB e, provando sua popularidade, é o oitavo mais votado de sua bancada, a qual obtém maioria na Câmara de Vereadores. O slogan da campanha foi: "Mais leite, mais água, mas menos água no leite — Vote no Barão de Itararé, Apparício Torelly." A convite de Luiz Carlos Prestes, passa a colaborar com a "Folha do Povo". Faziam parte da equipe Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Jorge Amado e o jovem Sérgio Porto (posteriormente conhecido como Stanislaw Ponte Preta). No final do ano o registro do PCB é cassado e seus representantes eleitos perdem seus mandatos.

Fortuna, um dos melhores humoristas que este país já teve, disse: "...Se, primeiro por inexistência e depois por criancice, não o alcancei nos anos 30, nem por isso ele deixou de me alcançar através d' "A Manha" de 46, "o único quintaferino que sai às sextas". Ele podia achar o máximo essa autogozação, mas em São Luís do Maranhão eu tinha que reciclá-la para "o único quintaferino que chega dois meses depois". Parece que devido a gastos de guerra estava em vigor o racionamento de troco. "A Manha" custava um passe de bonde. Eu ia para o colégio a pé, rindo. Sou-lhe grato por ter amenizado as ladeiras que por sua causa tive que subir."
Em virtude de problemas financeiros, "A Manha" deixa de circular, em 1948.
O Barão associa-se a Guevara e lança o primeiro "Almanhaque" ou "Almanaque d'"A Manha" em São Paulo (1949).
Com o sucesso do lançamento, anima-se o Barão e, em 1950 "A Manha" volta a circular, editada em São Paulo, onde o humorista passa a viver por algum tempo, ou seja, até setembro de 1952, quando o jornal deixa de circular, definitivamente.
Em 1955 lança dois "Almanhaques", no 1º. e 2º. semestres. Colabora com o jornal "Última Hora". Velho e cansado, fixa-se novamente no Rio e casa-se, pela quarta e última vez com Aida Costa, que teve fim trágico anos depois.
Viaja pela China, em 1963, a convite do governo de Pequim, com passagem por Praga e Moscou. Nos anos seguintes (1964/1970), dedica-se a seus "horóscopos biônicos" e "quadrados mágicos". Passa a maior parte do tempo estudando e vive só em um pequeno apartamento em Laranjeiras, bairro do Rio de Janeiro.
Carminda diz mais: "...Esclerose — só é!  Sentenciavam alguns sectários, donos da verdade. Pureza, alma sensível, gentil. Caráter impoluto. Teve dignidade por toda sua vida — respeito por todo mundo e por todas coisas. E teve dignidade ao morrer. Morreu sozinho para não sofrerem por ele enquanto estava morrendo."
No dia 27 de novembro de 1971, falece aos 76 anos de idade, Apparício Torelly.
Livros Publicados:

Do Autor:

- Pontas de Cigarros, Apparício Torelly, Rio de Janeiro - 1925
- "O Globo" - Rio de Janeiro - 1925 - artigos
- "A Manhã" - Rio de Janeiro - 1926 - artigos
- "A Manha" - Rio de Janeiro - 1926-1952 - artigos
- "Jornal do Povo" - Rio de Janeiro - 1934 - artigos
- "Avante", "Homem Livre", "O Povo" - RJ - Década de 30 - artigos
- "Diário de Notícias" - Rio de Janeiro - 1938-1942 - artigos
- "Almanhaque" - São Paulo - 1949 - 1º. semestre
- "Almanhaque" - São Paulo - 1955 - 1º. semestre
- "Almanhaque" - São Paulo - 1955 - 2º. semestre
- "Última Hora"  - São Paulo - 1955-1959 - artigos esparsos
- "Almanhaque" - Agência Studioma Editora - São Paulo - 1989 (reedição de 1955)

Sobre o Autor:

- "Apporely Cientista", in Revista Diretrizes, 06/03/1941 - Otávio Malta
- "O único Barão da República", in Realidade, janeiro/1970 - Fortuna
- "Barão de Itararé" - Leandro Konder, Edit. Brasiliense - São Paulo/1983
- "O Barão de Itararé" - Ernani Só, Porto Alegre/1984
- "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé" - Afonso Felix de Souza (org) - Editora Record - Rio de Janeiro/1986
- "As duas vidas de Apparício Torelly", Cláudio Figueiredo, Editora Record - Rio de Janeiro/1987

Homenagens:
Há duas escolas com o nome "Barão de Itararé" no Rio de Janeiro: uma em Marechal Hermes e outra em Santa Cruz. Em Japeri, Baixada Fluminense, o CIEP 402 leva o nome de Apparício Torelly.


Fontes: Livros do e sobre o autor, sites da Internet.

Estratégia militar para os bobos da Corte

Sábado, 21 de Março de 2009

Estratégia militar para os bobos da Corte

Edição de Artigos de Sábado do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Arlindo Montenegro

O Partido Popular Socialista (ex-PCB, como nome trocado para ocultar sua origem stalinista) mandou um deputado de nome Raul Jungman atacar o General Cesário e fazer uma defesa “patriótica” dos militares “republicanos” que ajudaram o Ministro que costuma se fantasiar de General, o Presidente, o Unger, o jurista carola e todas as excelências que alinhavaram o estratégico END, para as Forças Armadas.
Há um dito popular que ironiza a ingenuidade nacional: “Brasileiro só fecha a porta depois de roubado”. Quando o ladrão está dentro da própria casa, quando o ladrão é o mesmo “pai”, que mantém os filhos presos à pobreza e ignorância, não tem mesmo como fechar a porta. A defesa é fictícia.
Planejamento Estratégico com recursos suficientes para a execução foi aquele plantado pelos controladores mundiais com o nome de Diálogo Interamericano, que gerou o Foro de São Paulo, até hoje desconhecido pela maioria esmagadora dos brasileiros. Até há pouco tempo, a existência do FSP era cinicamente negada pelos cumpridores de “palavras de ordem comunistas” domésticas.
Quem leu a END? Quem entende de estratégia? Quantas autoridades em assunto militar temos? Pra bom leitor, pra quem aprendeu a interpretar texto na escola primária, o tal documento estratégico é um monumento de arrogância ideológica de esquerda, que submete as instituições militares universais ao tema político do preconceito classista.
Como diz o General Cesário em sua carta ao douto Jobim fora do tom: “Em época de grave crise econômica, como a que atinge o país, apesar das tentativas de acobertá-la por parte do governo ao qual o Sr. serve, os melhoramentos materiais sugeridos serão, obviamente, postergados”. Ta na cara! Postergados in aeternum! O custo é incalculável e inviável para esta economia!
Ainda o General: “Mas, o cerne da estratégia e suas motivações políticas poderão ser facilmente implementados”. Aí está a natureza essencial da END: adequar-se ao projeto capimunista da UNASUL e atender às diretrizes do Foro de São Paulo. Em última instância realizar a política dos velhos colonizadores, controladores financeiros do planeta, que desejam forças armadas sob controle supranacional.
Sun Tzu e Clausewitz devem estar gargalhando! Como pode uma nação que trabalha e produz tanto num pedaço de terra tão rico, ser tão idiotizada e enganada por tanto tempo? Como pode uma nação ser enrolada por um discurso que despreza a natureza histórica da humanidade. Como se pode chegar a uma submissão e desmoralização deste porte, dizendo amém?
A END é um monumento de arrogância ideológica porque ignora as relações internacionais e continentais, partindo para uma autonomia inviável no mundo globalizado. Por outro lado, como é política (no sentido da politicagem e da submissão das Forças Armadas ao modelo capimunista), a END ignora e sequer faz menção à fonte de recursos econômicos necessários para sua implementação.
E bota recurso nisso! Nem precisa ser economista pra perceber a megalonomia intrínseca do END. Seriam necessários muitos PIBs e muito saber científico e domínio de tecnologias que ainda não estão disponíveis, ou que ainda não dominamos. Dá um nó na garganta constatar que estão passando a rasteira mais uma vez, no interesse do internacionalismo capimunista. E o pior: tem militar ingênuo (?) acreditando neste conto do Jobim com o Mangabeira.
Do mesmo modo como fizeram no STF com o problema da reserva indígena contínua, que interessa particularmente aos controladores da coroa britânica. Enrolaram durante anos uma decisão e, no apagar das velas, apenas um Ministro, Marco Aurélio de Mello deu seu voto, claro e com todas as verdades em defesa da Nação e da Pátria. Verdades que todos os outros omitiram, preferindo o remendo que deixa ao Ministério da Defesa e instituições podres as decisões sobre a continuidade da pobreza dos índios e defesa do território.
O mesminho que estão fazendo com toda a cultura e educação, como estão fazendo com agricultores que de geração em geração desenvolveram técnicas, economizaram, adquiriram maquinários para produzir alimentos e pagar impostos. O mesmo que estão impondo às periferias miseráveis e aos pobres condenados a comer farinha d’água e buchada de bode, mas com “direito” a bolsa família e crédito para o consumismo.
Estamos vivendo sob o domínio de ladrões, estupradores, terroristas, assaltantes de bancos, gente que despreza o trabalho e não move uma palha em sua própria casa, há muito tempo. Confiar em quem? Que bússola nos resta? Como defender-nos de tanta violência e mentira continuada?
Desarmaram os cidadãos, desmoralizaram as Forças Armadas, acabam de abrir as portas para a divisão do território nacional, estão dificultando a existência das propriedades agrícolas produtivas e empregadoras, subverteram todos os valores culturais, distribuem livros com mentiras e erros grosseiros aos estudantes, fornecem merenda escolar contaminada, acolhem bandidos internacionais, liberam da cadeia os bandidos nacionais, ignoram as leis, compram consciências... Tudo impunemente! Quem reage?
Na condição de brasileiro, mistura aborígene, negra e branca, elejo a condição humana e a pátria dos ideais democráticos, com a sensação de objeto fossilizado. Útil apenas para o estudo de possíveis, não prováveis, arqueólogos futuros. Um bizarro e insignificante traço cultural, sujeitinho teimoso, resistente entre poucos, agradecido à Inteligência Universal pela vida que me coube viver.
Até quando os entreguistas e bobos da corte nos farão sofrer de desgosto? É preciso Pensar Brasil e virar este jogo. Antes que as melancias apodreçam sem perceber.
Arlindo Montenegro é Apicultor.

Postado por Alerta Total de Jorge Serrão

Foro de São Paulo o PT e as Farc

A Verdade sobre o Foro de São Paulo

A chancelaria colombiana, a estratégia diplomática das FARC, e seus cúmplices

 

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Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 20 Março 2009
Internacional - América Latina

Os diplomatas colombianos são tão indolentes e incapazes, que não souberam nem quiseram aproveitar a oportunidade que as FARC lhes oferecem para desmascará-las ante o mundo como narcotraficantes, com os achados dos computadores de John 40; como terroristas, com os achados nos computadores de Reyes e Lozada; como violadores dos direitos humanos de suas vítimas, com os testemunhos de milhares de desmobilizados.

Uma seqüência de fatos recentes corroboram que as FARC, seus comissários políticos, seus integrantes da chamada Frente Internacional e seus cúmplices, levam anos de vantagem sobre os acovardados embaixadores, cônsules e demais burocratas colombianos dependentes do Ministério de Relações Exteriores, os quais, pela natureza de suas funções, deveriam assumir a defesa do bom nome do país, a difusão das atrocidades terroristas e o esclarecimento que o mundo inteiro necessita acerca das verdadeiras intenções das FARC e dos conspiradores no Foro de São Paulo.

O enfado do vice-presidente Francisco Santos, que acaba de manifestar em entrevista concedida a Yarnid Amat que já não se precisa mais do Plano Colômbia, parece ser a metástase da inaptidão do corpo diplomático colombiano creditado em Washington, refletida na arrogante indiferença da senhora Clinton para com o Plano Colômbia e o TLC; do mesmo modo como a egolatria com que Barak Obama asseverou ante Lula da Silva que há tratados de livre comércio com alguns países que não se podem fazer, em evidente referência à Colômbia.
Nessa ordem de idéias, é mais clara a inoperância da Chancelaria colombiana e de seus embaixadores quando Lula da Silva - próximo às FARC e inimigo acérrimo do capitalismo norte-americano -, não apenas se auto-nomeia representante da América Latina, mas vai a Washington para dizer aos gringos que parem com a ingerência na Venezuela, Cuba e Bolívia, enquanto oculta sua simpatia pelas FARC, assim como sua indiferença ante as sistemáticas violações dos direitos humanos da ditadura castrista e do regime chavista.
É claro que esta animação de Lula, consentida por Obama e os democratas americanos contrários ao presidente Uribe, não por ser Uribe senão porque foi aliado do republicano George Bush, obedece à incapacidade dos diplomatas colombianos para fazer com que os desinformados democratas entendam que o Plano Colômbia não é uma esmola como quer fazê-lo ver a senhora Hillary Clinton.
Além de injusto, é inconveniente para as duas nações e para o hemisfério o tratamento de terceira categoria que a Casa Branca dá atualmente ao único governo amigo e leal que tem na região, e que tanto as FARC como o narcotráfico e o narcoterrorismo não são problemas locais de ambos os países, senão graves ingredientes negativos para a segurança continental.
Por esta mesma razão, as FARC e seus comissários do Partido Comunista enganam os democratas com o tema dos assassinatos dos sindicalistas, com a verdadeira intenção de bloquear o TLC e o Plano Colômbia, não só para desprestigiar o atual mandatário colombiano, como para ganhar tempo e espaço no desenvolvimento do Plano Estratégico das FARC.
Os diplomatas colombianos são tão indolentes e incapazes, que não souberam nem quiseram aproveitar a oportunidade que as FARC lhes oferecem para desmascará-las ante o mundo como narcotraficantes, com os achados dos computadores de John 40; como terroristas, com os achados nos computadores de Reyes e Lozada; como violadores dos direitos humanos de suas vítimas, com os testemunhos de milhares de desmobilizados.
Ou com a realidade dos sindicalistas como, por exemplo, a captura pela segunda vez de um dirigente de FENSUAGRO em negócios com as FARC, complementares às provas que conduziram Sara - da mesma organização sindical - ao cárcere, e os novos dados de nexos dos diretores de FENSUAGRO com as FARC encontrados em recentes decodificações de outros arquivos eletrônicos confiscados no acampamento de Raúl Reyes.
Ao contrário, o que se observa é uma apatia total. Uma indiferença determinada. Uma inaptidão e incapacidade para defender a Colômbia, escondida na desculpa dos bons modos de proceder. Entretanto, as FARC continuam atiçando a fogueira em Washington com o tema dos sindicalistas mortos, sem que haja ninguém que esclareça ao mundo que deixarão de morrer sindicalistas na Colômbia no dia em que os sindicatos se imponham limites, se depurem e expulsem todos os membros das FARC que se camuflam nestas organizações, com as fachadas do Partido Comunista Clandestino ou do Movimento Bolivariano das FARC.
A verdade é que incrustados nos sindicatos – como se deduz dos fatos – os terroristas vestidos de civil estão em FENSUAGRO, são conexões logísticas, administrativas e operacionais das FARC com o sindicalismo, ao mesmo tempo em que servem de agentes de inteligência para localizar potenciais seqüestrados; servem de contato para as libertações depois dos pagamentos; coadjuvam na organização das milícias urbanas Antonio Nariño; e são as ligações-chave para contatar dirigentes políticos ou sacerdotes ansiosos por protagonismo.

Por essa razão, quase sempre são assassinados por grupos de justiça privada, em sua maioria integrados paradoxalmente por ex-combatentes farianos, que os conhecem e sabem de sua ruindade.
Esta realidade indica que enquanto os terroristas estão empenhados em tecer as redes de sua trama integral, os representantes diplomáticos do Estado, aqueles que deveriam assumir amplamente a defesa da institucionalidade colombiana para, pelo menos tratar de justificar os elevados salários que recebem em dólares, euros ou libras esterlinas, dormem o sono dos justos à espera de que apareça um ser providencial que lhes faça a tarefa.

Com muito estardalhaço Salud Hernández, colunista de “El Tiempo”, destampou outra panela podre na qual reafirma o critério de que a diplomacia colombiana está longe, muito longe de impedir a atividade proselitista e financeira da luta armada das FARC.

A municipalidade de Sevilha, Espanha, transferiu mais de 80.000 euros para um experimentado dirigente comunista colombiano, com destino às obras sociais de uma vila em Tolima; porém, após a investigação jornalística ficou demonstrado que os supostos beneficiários não têm a menor idéia dessas contribuições de apoio ao seu desenvolvimento.

Salud Hernández questiona se o veterano camarada pensava em se apropriar deste dinheiro. Ao agir com cuidado e cotejar os arquivos eletrônicos de Reyes com os costumeiros procedimentos farianos, não seria de estranhar que esses fundos terminassem nas arcas do Secretariado das FARC, com o argumento da combinação de todas as formas de luta.

Porém claro, de imediato, com o eterno cinismo comunista, os camaradas legais e ilegais negariam qualquer nexo, diriam que é propaganda da CIA, etc., do mesmo modo como fizeram com a evidente captura do sindicalista de FENSUAGRO ao lado do “negro Antonio”.

E se poderia enumerar muitos casos mais, tais como a escancarada simpatia dos partidos comunistas do México, Paraguai, Equador, Argentina, Canadá, Bolívia, Venezuela, República Dominicana, Itália, Suécia, Dinamarca, França, El Salvador, Nicarágua e Brasil com as FARC. Em todos eles, as FARC superaram amplamente a modorrenta diplomacia colombiana.

Clandestinos e abertos, os difusores da propaganda fariana têm tocado em portas, gerado opinião, despertado simpatias, repreendido seus correligionários ideológicos que, se supõe, ocupam os cargos diplomáticos com a missão de difundir a imagem real da Colômbia.

Ao mesmo tempo, com este trabalho subversivo fariano os membros do Foro de São Paulo circulam por todas as partes desenvolvendo sua estratégia integral. É angustiante a diferença entre a atividade difusora por parte dos que conspiram contra a Colômbia e os corpos diplomáticos colombianos no exterior.

Enquanto os burocratas dos salões atapetados conjugam o verbo estar, e inclusive outros estão em campanha presidencial como ocorre com a leviana embaixadora em Londres, os comunistas bajulam os mal intencionados democratas norte-americanos. Piedad Córdoba persiste em meter o cavalo de Tróia com o engendrado acordo humanitário, os estultos funcionários rasgam as roupas com críticas ácidas contra quem denuncie verdades escondidas como esta, Lula da Silva encabeça com argúcias a estratégia integral de seus aliados do Foro de São Paulo, e o sempre desinformado povo colombiano continua sem se dar conta de que a Chancelaria ignora algo frente à estratégia publicitária e política das FARC e seus cúmplices.

Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido é analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.co.nr

Tradução: Graça Salgueiro

Cué-Cué Marabitanas: O Arco Indigenista se Fecha Sobre a Amazônia

 

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Félix Maier | 20 Março 2009
Artigos - Desinformação

Guarde bem este nome: Cué-Cué Marabitanas. Logo irá aparecer nos noticiários.

O livro A Farsa Ianomâmi, escrito pelo coronel do Exército Carlos Alberto Lima Menna Barreto (*), põe a nu, ao provar com inúmeros documentos, a farsa do século passado, que foi a criação da Terra Indígena Ianomâmi (TI Ianomâmi). Na verdade, o blefe monumental foi arquitetado por uma fotógrafa belga, Cláudia Andujar, que reuniu algumas tribos, que não tinham nenhuma relação entre si, e criou a "nação imemorial dos ianomâmis", com o total apoio dos caciques brancos de Brasília.

O livro de Menna Barreto tem a apresentação feita pelo general-de-divisão Carlos de Meira Mattos, que assim inicia seu escrito:
"A questão ianomâmi, como é apresentada pelos interesses alienígenas, clama contra a lógica e o bom senso. Como reivindicar o controle político de um território brasileiro da extensão de 94.1991 km2 (semelhante à área de Santa Catarina e três vezes a superfície da Bélgica), para uma tribo que o habita, de 5.000 índios, no máximo, e que vive, até hoje, no mais baixo estágio da ignorância e primitivismo? Estes próprios índios ignoram as reivindicações que são feitas em seu nome, por organizações internacionais mascaradas com intenções científicas (ecologia, ambientalismo, antropologia) e que fazem uma pressão crescente no sentido de entregar a soberania dessa área aos seus habitantes" (pg. 11).
Em 1973, em noticiário bombástico, Cláudia Andujar se referiu pela primeira vez aos índios ianomâmis, os quais, no entanto, nunca haviam sido identificados pelos exploradores que passaram pela região. E olha que foram muitos, tanto do Brasil, quanto do exterior. No capítulo 3, A Ianomamização dos Índios, diz Menna Barreto: "Manoel da Gama Lobo D'Almada, Alexandre Rodrigues Ferreira, os irmãos Richard e Robert Schomburgk, Philip von Martius, Alexander von Humboldt, João Barbosa Rodrigues, Henri Coudreau, Jahn Chaffanjon, Francisco Xavier de Araújo, Walter Brett, Theodor Koch-Grünberg, Hamilton Rice, Jacques Ourique, Cândido Rondon e milhares de exploradores anônimos cruzaram, antes disso, os vales do Uraricoera e do Orenoco, jamais identificaram quaisquer índios com esse nome" (pg. 29). Com a autoridade de quem foi o primeiro comandante do 2º Batalhão Especial de Fronteira e do Comando de Fronteira de Roraima, diz Menna Barreto: "É preciso ficar claro antes de tudo que os índios supostamente encontrados por Cláudio Andujar são os mesmos de quando estive lá, em 1969, 1970 e 1971. (...) eles continuam a ser os xirianás, os uaicás, os macus e os maiongongues de sempre, ficando essa história de 'ianomâmis' só para brasileiros e venezuelanos" (pg. 33).
Em 1985, quando Menna Barreto era Secretário de Segurança de Roraima, a população de Boa Vista ficou admirada com tantos aviões da FAB fazendo evoluções nos céus: dois aviões de transporte Búfalo, uma esquadrilha de jatos e alguns helicópteros. As aeronaves não eram para compor a Base Aérea de Boa Vista, recém-inaugurada. Eram para transportar agentes federais, que desceram no Garimpo de Santa Rosa, para aplicar castigos aos trabalhadores, como escreveu Menna Barreto: "Após retirarem as pessoas de suas choupanas ao lado da pista, as teriam obrigado a se despirem, submetendo-as a vexames, ofensas e agressões, enquanto outras equipes procediam à destruição dos equipamentos e mantimentos existentes nas imediações" (Pg. 59 e 60). Menna Barreto soube, por integrantes da FAB, que a ordem de Brasília era, em um prazo de 4 semanas, "esvaziar os garimpos a oeste dos 62º e as áreas reivindicadas por macuxis, ingaricós e taulipangues nos Rios Suapi, Quinô, Cotingo e Maú, na região montanhosa, ao norte do Território" (pg. 60). Finaliza Menna Barreto seu capítulo 7, A Vingança da Gringa: "Tempos depois - por informações vazadas da FUNAI - soube-se que a autoridade misteriosa não era outra senão a belga Cláudia Andujar. Com singular prestígio nas altas rodas de Brasília, intimidou órgãos do Governo com um protesto pela existência de brasileiros a oeste do meridiano 62º, no Garimpo Santa Rosa. A solução encontrada foi desencadear uma operação secreta de espancamento de garimpeiros, de modo a contentá-la, sem que mais ninguém neste país ficasse sabendo..." (pg. 62 e 63) 
Raposa Serra do Sol teve sua origem em blefe semelhante à geração espontânea dos ianomâmis. Diz Menna Barreto: "E muito menos se pode chamar de ideal a conspiração criminosa de alguns 'padres' com os índios transviados, para arrancar outro pedaço de Roraima, com a criação pretendida da reserva indígena Raposa - Serra do Sol, em uma parte do estado povoada, há dois séculos, por brasileiros" (pg. 155).

rio-negro

Não se pode esquecer o modus operandi desses patifes, muitos travestidos de padres e pastores evangélicos. Diz Menna Barreto: "Agem pela violência, seguindo a conhecida receita da guerrilha: intimidar para subjugar. E nem sabem mais por quê. O terrorismo, a violência deixou de ser o processo para ser o objetivo. E violência não pode ser ideal de ninguém. Bandido não pode ser herói. Bandido é bandido mesmo" (pg. 155).
Depois das Nações Ianomâmi e Raposa Serra do Sol, vem aí uma nova nação, que está sendo engendrada pelos morubixabas da Funai, pelo CIMI e por sociólogos e antropólogos de diversas partes do mundo, para arrancar mais um naco do mapa do Brasil: a Nação Cué-Cué Marabitanas.

Guarde bem este nome: Cué-Cué Marabitanas. Logo irá aparecer nos noticiários. No momento é a TI Cué-Cué Marabitanas, que, juntamente com outras TI, existe apenas nos mapas da FUNAI, do CIMI e das ONGs. Fica no Estado do Amazonas, município de São Gabriel da Cachoeira e tinha 1.645 indígenas, em 1996, segundo fonte do Instituo Socioambiental (ISA). Na extremidade sul da TI Cué-Cué Marabitanas fica a cidade de São Gabriel da Cachoeira. Esta TI dos cués fica entre a TI Balaio, a leste (que faz fronteira com a TI Ianomâmi), a TI Alto Rio Negro, a oeste, a TI Médio Rio Negro I, ao sul, e a Venezuela, ao norte. Abaixo da TI Alto Rio Negro, existe ainda a TI Rio Apapóris (próximo à Vila Bittencourt). E a leste da TI Médio Rio Negro existem as TI Médio Rio Negro II e TI Rio Tea. Abaixo da TI Médio Rio Negro I - depois de uma faixa de terra ainda não pleiteada pela Funai para os indígenas - existe a TI Uneiuxi. Todas estas TI ficam no Amazonas. Com as demarcações de Balaio e Cué-Cué Marabitanas, o município de São Gabriel da Cachoeira terá 90% de suas terras destinadas aos índios! Convém lembrar que no Amazonas existe, ainda, a TI Rio Cuieras, na região de Manaus e Nova Airrão.
A Portaria da FUNAI nº 1.131, de 23 de novembro de 2007 (Cfr. http://ccr6.pgr.mpf.gov.br/atuacao-do-mpf/portarias/docs_portarias/portaria_funai_1131.pdf), publicada no Diário Oficial da União nº 229, de 29 de novembro de 2007, define o Grupo Técnico para realizar a delimitação da TI Cué-Cué Marabitanas, constituído também - vejam só! - por "lideranças indígenas" e integrantes da ONG Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). O Exército, que durante séculos ocupou e preservou a Amazônia para o Brasil, mais uma vez não foi chamado para opinar sobre o assunto.
Pesquisando na Internet, descobri algo espantoso, que não vem sendo divulgado pela mídia, para que os vendilhões de nossa Pátria possam trabalhar mais à vontade. No Blog do antropólogo e ex-presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes (http://merciogomes.blogspot.com/2007/10/iluso-messinica.html), lê- o seguinte:
"...A ilusão messiânica também tem configurações laicas. Veja, por exemplo, a proposta do ISA de forçar a Funai a demarcar a Terra Indígena Cue Cue Marabitanas em tal dimensão que junte em uma única área as terras indígenas Yanomami (9,9 milhões de hectares) e Alto Rio Negro (10,5 milhões de hectares), as quais, junto com a demarcação de mais duas terras contíguas ao Sul, totalizariam cerca de 23 milhões de hectares e fechariam uma fronteira contínua de 2.500 km com a Venezuela e a Colômbia".

colombia-venezuela-amazonia

O que se pode depreender das investidas do ISA, com pleno apoio da Funai e do CIMI, e de milhares de ONGs, tanto nacionais quanto estrangeiras, o problema indígena no norte de Roraima e Amazonas é muito mais grave do que imaginávamos, depois que foram criadas e homologadas pelo Governo Federal as TI Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Ou seja, o movimento indigenista, de caráter entreguista (entre os brasileiros que apóiam tal patifaria) e de propósito gatuneiro(entre os espertalhões estrangeiros, que querem preservar para si, no futuro, a colossal riqueza do subsolo, de minerais raros), quer transformar uma área igual a três vezes o solo de Portugal em uma mega nação indígena, ao unir ''nações indígenas" de Roraima à Vila Bitencourt, AM, passando pela Cabeça do Cachorro, em um arco de 3.000 km de extensão - com a agravante de fazer fronteira com tropas das FARC escondidas nas florestas colombianas. Existe pressão de expandir ainda mais esse imenso território amazônico, se o avanço indigenista se estender também ao Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sem falar que a TI Raposa Serra do Sol, que também faz divisa com a Venezuela, ao norte, e a Guiana, a leste, tem uma área superior a 1,7 milhão de hectares.
Espertamente, brasileiros apátridas, sob as ordens de ONG estrangeiras, pretendem que o Governo Federal primeiro homologue a TI dos cués, um território menor, para então darem o golpe final, monumental, definitivo, que é a criação e homologação da TI Alto Rio Negro, que tem uma área superior ao território ianomâmi. Com isso, terão conseguido o diabólico intento, que irá mais do que triplicar as terras contínuas dos territórios indígenas junto à fronteira com a Venezuela e a Colômbia, para mais fácil criar uma gigantesca e riquíssima Nação Indígena.
E por que aquela enorme região foi escolhida para comportar tão poucos índios? Uma visita ao endereço do site de Rebecca Santoro (Imortais Guerreiros) nos dá uma valiosa e decisiva pista, em seu texto "O misterioso, rico e estratégico corredor que passa por Roraima"  (Cfr. http://www.imortaisguerreiros.com/artigosrebeccasantoro.htm#255844686): a riqueza de sua bacia sedimentar.
O que se pode prever é que, em futuro não muito distante, será criada a Grande Nação Ianomâmi, ou algum outro nome bombástico que venha a ter, como Cué-Cué Marabitanas, que é o sonho milenarista dos novos beatos da atualidade. Será a efetivação da balcanização de toda a Amazônia, dilapidando as extensas terras que um dia pertenceram ao Brasil, país que, daí em diante, será conhecido mundialmente como Brasilistão - uma mistura de Brasil com Afeganistão. Outras extensas áreas indígenas do País terão o mesmo destino no futuro, a persistirem o entreguismo estatal e a inércia dos cidadãos brasileiros.
Convém lembrar, que, além dos indígenas, outros bantustões segregacionistas (Cfr. http://www.webartigos.com/articles/2172/1/brasilistao-os-bantustoes-dos-indios-quilombolas-e-mst/pagina1.html), também de cunho socialista, estão sendo criados em todo o Brasil, dentro dos moldes do Apartheid sul-africano de triste memória, que são os acampamentos do MST e as terras reivindicadas pelos quilombolas.
(*) MENNA BARRETO, Carlos Alberto Lima. A Farsa Ianomâmi, Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1995.

Relatório da PF descreve esquema de Nahas

Enviado por Ricardo Noblat - 21.3.2009 | 3h40m

deu na folha de s.paulo
Relatório da PF descreve esquema de Nahas

De Rubens Valente:

Uma "complexa instituição financeira sem autorização do Banco Central" que pratica supostos crimes contra o sistema financeiro ao gerenciar contas bancárias, conceder empréstimos, fazer operações no mercado paralelo do dólar e usar contas não declaradas no exterior.

Essa é a descrição que o delegado da Polícia Federal Carlos Alberto Dias Torres fez, em relatório parcial entregue ao juiz federal Fausto De Sanctis, das empresas administradas pelo investidor Naji Nahas, preso em julho e libertado por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Torres e a delegada Erika Marena são os responsáveis pelo inquérito que investiga Nahas, o ex-prefeito paulistano Celso Pitta e outras 27 pessoas, tudo derivado da Operação Satiagraha -outros dois inquéritos têm como alvo o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.

O relatório de 84 páginas, ao qual a Folha teve acesso, acompanhado de 50 páginas de anexos, descreve que Nahas movimenta pelo menos 13 empresas "que servem de fachada" para as operações de "lavagem de dinheiro". "Normalmente Nahas não aparece nos quadros societários, mas sim parentes seus e pessoas de sua confiança", afirma o documento. Assinante do jornal leia mais em: Relatório da PF descreve esquema de Nahas

Após escândalos, rejeição ao Congresso volta a subir

Enviado por Ricardo Noblat - 21.3.2009 | 6h45m

deu na folha de s.paulo
Após escândalos, rejeição ao Congresso volta a subir

De Ranier Bragon:

Alvo de escândalos recentes que envolveram castelo no interior de Minas, mansão "escondida" da Justiça e pagamento de horas extras durante as férias, o Congresso Nacional viu sua reprovação atingir 37%, segundo pesquisa Datafolha.

O índice dos brasileiros que consideram ruim ou péssimo o desempenho dos 594 deputados federais e senadores subiu seis pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2008. Avaliam o trabalho do Legislativo como ótimo ou bom 16%.

A atual rejeição à Câmara e ao Senado ainda é oito pontos percentuais menor do que o ápice negativo atingido nesta legislatura (2007-2011), de 45%, em novembro de 2007. Na época, o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enfrentava a denúncia de ter tido contas pessoais pagas por um lobista. Ele renunciou um mês depois.

A maior rejeição ao desempenho do Legislativo medida pelo Datafolha aconteceu em novembro de 1993 -56% de "ruim/ péssimo"-, durante o escândalo dos anões do Orçamento, quando dez congressista perderam o mandato.

A atual pesquisa, feita entre segunda e anteontem, com 11.204 entrevistados, tem margem de erro de dois pontos.

Segundo o instituto, o desempenho dos congressistas encontra maior rejeição entre os mais escolarizados (47% de "ruim e péssimo"), os que têm maior renda familiar mensal (45%) e aqueles que moram em capitais e regiões metropolitanas do país (41%).

A maior aprovação ao trabalho de deputados e senadores está entre os que têm de 16 a 24 anos (21%), os que moram no Norte/Centro-oeste (20%), os que ganham até dois salários mínimos (19%) e os que têm até o ensino fundamental (18%).

Desde 2 de fevereiro sob o comando dos peemedebistas José Sarney (AP), no Senado, e Michel Temer (SP), na Câmara, o Congresso Nacional começou sua atividades em 2009 elegendo como corregedor da Câmara Edmar Moreira (sem partido-MG), que sete dias depois renunciou ao posto sob a suspeita de ter omitido a posse de um castelo no interior de Minas. Assinante do jornal leia mais em: Após escândalos, rejeição ao Congresso volta a subir

Metralhas ??? Petralhas ???

Crise estimula discurso moralista

artigo
Crise estimula discurso moralista

"A crise econômica começa a mostrar os dentes ao governo Lula. Os resultados da pesquisa CNI/Ibope, ontem divulgados, traduzem em números os efeitos políticos da desaceleração econômica.

Os dados do Ibope são ainda mais expressivos que os do Datafolha, divulgados na véspera. No Ibope, a avaliação positiva do governo caiu 13 pontos. No Datafolha, caiu cinco pontos. Não há surpresas nessa constatação. Era inevitável.

Sabia-se que, em algum momento, aconteceria. Resta saber quais os desdobramentos políticos do fenômeno: sua extensão e profundidade. A euforia econômica não apenas ensejou a reeleição de Lula, como o preservou dos efeitos nocivos de escândalos agigantados como o do mensalão. Blindou-o, em suma."

O trecho acima faz parte do artigo semanal do jornalista Ruy Fabiano. Leia aqui

Isola o Edmar

deu na folha de s.paulo
Da coluna Painel:

A comissão criada na Câmara para investigar indícios de fraude praticada por Edmar Moreira no uso da verba indenizatória chegou a uma fórmula para enviar o caso ao Conselho de Ética sem criar embaraço para outros deputados que, como o dono do castelo, apresentam notas fiscais de suas próprias empresas.

A justificativa para pedir a degola Edmar será a de que o serviço de segurança descrito nas notas não foi efetivamente prestado. A peça será amparada em evidências de que as empresas estavam desativadas à época da emissão das notas e na incapacidade do deputado de fornecer qualquer dado concreto sobre o esquema de proteção: quantos homens trabalharam, seus nomes, em que período e fazendo o quê.

DEM faz a coisa certa e vai fiscalizar obras no PAC in loco

Por Carolina Freitas, no Estadão:
Aliado declarado do PSDB nas eleições presidenciais de 2010, o DEM começa no próximo dia 30 uma caravana pelo País para fiscalizar o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - grande bandeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer seu sucessor.
(...)
A "Caravana da Transparência", como foi batizada, vai partir de Pernambuco, terra natal de Lula e considerada área prioritária do PAC. A oposição busca indícios do suposto fracasso do programa, em uma tentativa de minar o projeto Dilma 2010.
Um exemplo da munição que os democratas pretendem encontrar no Nordeste brasileiro é uma foto apresentada pelo líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (DEM-GO), anteontem, no anúncio de lançamento da caravana, em Brasília. A imagem mostra um trecho da Ferrovia Transnordestina - com recuperação prevista pelo PAC - servindo de esteio para amarrar cabras e bodes. "É a síntese do descaso", atacou Caiado.
Pelos cálculos do deputado federal André de Paula (DEM-PE), autor da ideia da caravana, dos 77 projetos do PAC previstos para o Pernambuco, 49 não tiveram recursos destinados.
"Lula prometeu R$ 20 bilhões ao Estado, mas, até agora, só comprometeu com obras e serviços R$ 1,2 bilhão", afirmou o parlamentar.

Por Reinaldo Azevedo

Raposa Serra do Sol - Como o procurador-geral se esforçou para piorar tudo. Ainda bem que não conseguiu

Por Felipe Seligman, na Folha:
Em documento enviado aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) dois dias antes da retomada do julgamento sobre a reserva Raposa/Serra do Sol, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, contestou a atuação do tribunal no caso ao afirmar que o STF não ouviu a sociedade e extrapolou suas funções ao criar 19 condições para manter a área de forma contínua.
Para o procurador-geral, o Supremo não respeitou a separação entre os Poderes e tratou o direito dos índios de forma "amesquinhada". Suas observações acabaram sendo ignoradas no julgamento.
"Os princípios do Estado democrático de Direito e da separação de Poder impõem limites para esta atividade normativa do STF que, ao ver do Ministério Público, foram ultrapassados no caso", afirma o memorial obtido pela Folha.
"Sem nenhuma discussão prévia na sociedade, simplesmente foi proposta a edição de comandos gerais e abstratos, em tema extremamente complexo e de enorme relevância social e jurídica", completa.
Segundo ele, caberia ao Congresso definir condições impostas pelo STF. "Cabe ao legislador, devidamente legitimado pelo voto popular, a prerrogativa constitucional de expedir normas gerais e abstratas de conduta."
O procurador pediu, no documento, que todas as condições fossem rejeitadas, criticando nove delas. Como o seu pedido não foi acatado, fica praticamente inviável para Antonio Fernando recorrer da decisão. A única possibilidade seria entrar com o chamado "embargo de declaração" e alegar que existe algum tipo de omissão, contradição ou obscuridade no que foi decidido.
Na decisão da quinta, o Supremo confirmou que a demarcação da Raposa deve ser contínua, com a retirada dos não índios presentes na reserva. Nisso, Antonio Fernando está de acordo. O problema para ele são as condições sistematizadas por Carlos Alberto Direito.

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Por Reinaldo Azevedo

VEJA 4 - Senado: Aparências que não enganam

Por Otávio Cabral:
Parecia que a disputa de poder entre o PT e o PMDB caminhava para uma fissura de consequências imprevisíveis. Parecia que as rusgas entre os senadores Tião Viana e José Sarney faziam parte de um processo de expurgo de velhos vícios incrustados no Parlamento. Parecia até que as sucessivas e recentes denúncias de mordomias, nepotismo e fisiologismo no Senado ajudariam a catalisar uma onda de moralização de práticas e costumes. Em Brasília, porém, as aparências enganam – e enganam muito. Na semana passada, PT e PMDB se reuniram e combinaram um pacto de não agressão. Como a briga tinha raízes em disputa de espaços, nada tão simples para atender a quem reclamava quanto ceder um pouco mais de espaço, ou seja, uns cargos e umas verbas a mais. Assim foi feito, e selou-se o acordo de paz. O litígio entre Sarney e Tião também foi contornado da maneira mais pragmática possível no universo dos políticos. Tião denunciava Sarney por práticas fisiológicas. Sarney denunciou Tião por práticas fisiológicas. Como a troca de acusações chamusca a imagem de ambos, combinou-se um conveniente cessar-fogo. Dessa forma, a única coisa que vai continuar parecendo exatamente o que é é a imagem do próprio Senado – péssima e, mais grave, sem nenhuma perspectiva de mudança.

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Por Reinaldo Azevedo

Nem todos de Brasília são corruptos

O BRASIL PRECISA DISTRIBUIR DE GRAÇA CAMISA-DE-FORÇA, NÃO CAMISA-DE-VÊNUS

Leitores reclamam que não conseguem achar a carta de Protógenes a Obama. Ela está aqui.. Até havia pouco, continuava no ar. Fiz até um PDF para guardar de lembrança...
Ai, ai... Em vez de distribuir de graça camisas-de-vênus, o Brasil deveria distribuir camisas-de-força. Muitos malucos estão dizendo que ele parece meio esquisito, mas talvez diga algumas verdades...
Ah, sem dúvida. Protógenes descobriu um núcleo conspiratório que põe na mesma folha de pagamento o Lula, o Serra, a VEJA, o Gilmar Mendes, o Diogo Mainardi, o Reinaldo Azevedo e quem mais for desafeto dos ex-jornalistas que lhe servem de porta-vozes, entenderam? Como cada ex-jornalista tem a sua própria lista, o grupo vai ficando assim heterodoxo. Ora, se estamos todos juntos, então lutamos contra quem?
Parece só loucura, mas tem cheiro de preparação de candidatura, conforme o delegado deixou entrever na entrevista que concedeu ao UOL. Protógenes precisa apenas de uma coisa: de imunidade parlamentar. Ou terá de responder por todas as acusações que fez.
E, VEJAM SÓ, ISSO NADA TEM A VER COM DANIEL DANTAS. Se outro delegado tivesse sido encarregado de tal operação, é provável que seu aspecto legal tivesse sido cumprido do mesmo modo, sem as ilegalidades e as MALUQUICES. E isso colaboraria para punir o banqueiro por seus crimes. Insisto: o mais eficiente e mais barato advogado de Daniel Dantas é Protógenes.
Eu, por exemplo, achava que dividia com Lula apenas a paixão pelo Corinthians. Vejo agora que temos também o mesmo patrão. Pois é, como muitos desconfiavam, eu e Lula estamos do mesmo lado, entenderam? Somos financiados pela mesma organização. O Agente 86 descobriu que somos ambos membros da organização criminosa KAOS, chefiada, naturalmente, por Daniel Dantas.
Imaginem a condição psicológica de quem envia uma carta aberta ao presidente dos EUA pedindo ajuda para combater o crime no Brasil, que teria nada menos do que o presidente da República como um dos chefes.
Protógenes confirma a leitura mais pessimista e sombria de Machado de Assis. Vocês devem ter lido na escola — e têm de reler — o conto O Alienista, facilmente encontrável na Internet. O delegado é o próprio Simão Bacamarte, como escrevi aqui faz tempo. Decidiu que todo mundo em Itaguai-Brasil é maluco, menos ele próprio. Aquele, ao menos, chega à conclusão de que as coisas não eram bem como ele imaginava, embora a lucidez jamais tenha voltado. A partir de um certo ponto da trajetória, não há retorno.
Riscos
O sujeito que escreve uma carta como aquela, naqueles termos, com aqueles propósitos, com aquelas teses delirantes, tinha, até outro dia, licença para fazer o que lhe desse na telha. Contava com o apoio da Justiça e do Ministério Público para ficar testando suas hipóteses. Mais: atuava em nome da Polícia do estado brasileiro, com o apoio ilegal do serviço de Inteligência desse mesmo estado.
OS DANIEIS DANTAS DA VIDA PODEM SER COMBATIDOS COM A LEGALIDADE. A ILEGALIDADE LHES SERÁ SEMPRE ÚTIL E AINDA ROUBA DIREITOS DOS CIDADÃOS COMUNS, DAQUELES QUE NÃO PRATICAM CRIMES.

A marcha dos insanos que fique longe do meu blog. Aqui esses dementes não terão seus comentários publicados. Se algum escapar, excluo. Não estou interessado em engordar o número de comentários, transformando os posts em chat para o debate de malucos e desocupados. Meus leitores são formados de gente que estuda e trabalha, que trabalha e estuda. Minha página não é hospício. Dou tanta importância às loucuras de Protógenes como dou às teses conspiratórias dos motoristas de táxi — com a diferença de que esses são mais bem-informados: sabem sempre o resultado do jogo, costumam acertar a previsão do tempo, e os mais honestos tentam o caminho mais rápido.
Protógenes gosta de dizer que a “instituição Polícia Federal” está sendo atingida com o inquérito que investiga as suas transgressões. Uma banana! Ele não representa a Polícia Federal. Como um juiz não representa "o" Judiciário, ou um promotor, todo o Ministério Público. Essas considerações buscam apenas açular o espírito de corpo contra os interesses dos cidadãos. Ao contrário: quem frauda a lei em nome da instituição é que concorre para a sua desmoralização.
NINGUÉM DEU LICENÇA A PROTÓGENES PARA VIOLAR O ESTADO DE DIREITO SOB O PRETEXTO DE PUNIR DANIEL DANTAS. DANIEL DANTAS PODERIA E PODE SER PUNIDO PRESERVANDO-SE O ESTADO DE DIREITO.

Post originalmente publicado às 15h35 de sexta-feira

Por Reinaldo Azevedo