sexta-feira, 24 de julho de 2009

Millôr Fernandes

 

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Millôr Fernandes (Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1923) é um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro.

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[editar] Biografia

Nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber adolescente. Aos dez anos de idade vendeu o primeiro desenho para a publicação O Jornal do Rio de Janeiro. Recebeu dez mil réis por ele. Em 1938 começou a trabalhar como repaginador, factótum e contínuo no semanário O Cruzeiro. No mesmo ano ganhou um concurso de contos na revista A Cigarra (sob o pseudônimo de "Notlim"). Assumiu a direção da publicação algum tempo depois, onde também publicou a seção "Poste Escrito", agora assinada por "Vão Gogo".

Em 1941 voltou a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como "Vão Gogo" na coluna "Pif-Paf". A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (auto-didata) e autor de teatro.

Já em 1956 dividiu a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg, e em 1957 ganhou uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Dispensou o pseudônimo "Vão Gogo" em 1962, passando a assinar "Millôr" em seus textos n'O Cruzeiro. Deixou a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.

Em 1964 passou a colaborar com o jornal português Diário Popular. Em 1968 começou a trabalhar na revista Veja, e em 1969 tornou-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.

Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.

Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004.

[editar] Sua obra

[editar] Prosa
  • Eva sem costela – Um livro em defesa do homem (sob o pseudônimo de Adão Júnior) - 1946 - Editora O Cruzeiro.
  • Tempo e contratempo (sob o pseudônimo de Emmanuel Vão Gogô) - 1949 - Editora O Cruzeiro.
  • Lições de um ignorante - 1963 - J. Álvaro Editor
  • Fábulas Fabulosas - 1964 - J. Álvaro Editor. Edição revista e ilustrada – 1973 - Nórdica
  • Esta é a verdadeira história do Paraíso - 1972 - Livraria Francisco Alves
  • Trinta anos de mim mesmo - 1972 - Nórdica
  • Livro vermelho dos pensamentos de Millôr - 1973 – Nórdica. Edição revista e ampliada: Senac – 2000.
  • Compozissõis imfãtis - 1975 - Nórdica
  • Livro branco do humor - 1975 – Nórdica
  • Devora-me ou te decifro – 1976 – L&PM
  • Millôr no Pasquim - 1977 – Nórdica
  • Reflexões sem dor - 1977 - Edibolso.
  • Novas fábulas fabulosas - 1978 – Nórdica
  • Que país é este? - 1978 – Nórdica
  • Millôr Fernandes – Literatura comentada. Organização de Maria Célia Paulillo – 1980 Abril Educação
  • Todo homem é minha caça - 1981 - Nórdica
  • Diário da Nova República - 1985 – L&PM
  • Eros uma vez – 1987 – Nórdica – Ilustrações de Nani
  • Diário da Nova República, v. 2 - 1988 – L&PM
  • Diário da Nova República, v. 3 – 1988 – L&PM
  • The cow went to the swamp ou A vaca foi pro brejo – 1988 - Record
  • Humor nos tempos do Collor (com L. F. Veríssimo e Jô Soares) – 1992 – L&PM
  • Millôr definitivo - A bíblia do caos - 1994 – L&PM
  • Amostra bem-humorada – 1997 – Ediouro – Seleção de textos de Maura Sardinha
  • Tempo e contratempo (2ª edição) – Millôr revisita Vão Gogô - 1998 - Beca.
  • Crítica da razão impura ou O primado da ignorância – Sobre Brejal dos Guajas, de José Sarney, e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Fernando Henrique Cardoso – 2002 – L&PM
  • 100 Fábulas Fabulosas – 2003 – Record
  • Apresentações – 2004 – Record.
  • Novas Fábulas E Contos Fabulosos (ilustrações de Angeli) - 2007 - Desiderata.

[editar] Poesia
  • Papaverum Millôr – 1967 – Prelo. Edição revista e ilustrada: 1974 – Nórdica
  • Hai-kais – 1968 – Senzala
  • Poemas – 1984 – L&PM

[editar] Artes visuais
  • Desenhos – 1981 – Raízes Artes Gráficas. Prefácio de Pietro Maria Bardi e apresentação de Antônio Houaiss.

[editar] Teatro (em livro)
  • Teatro de Millôr Fernandes (inclui Uma mulher em três atos 1953, Do tamanho de um defunto 1955, Bonito como um deus 1955 e A gaivota 1959) – 1957 – Civilização Brasileira
  • Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país – 1962 – Editora do Autor
  • Pigmaleoa – 1965 – Brasiliense
  • Computa, computador, computa – 1972 – Nórdica
  • É... – 1977 – L&PM
  • A história é uma istória – 1978 – L&PM
  • O homem do princípio ao fim – 1982 – L&PM
  • Os órfãos de Jânio – 1979 – L&PM
  • Duas tábuas e uma paixão – 1982 – L&PM (nunca encenada)

[editar] Teatro (não editado em livro)
  • Diálogo da mais perfeita compreensão conjugal - 1955
  • Pif, tac, zig, pong – 1962
  • A viúva imortal – 1967
  • A eterna luta entre o homem e a mulher – 1982
  • Kaos – 1995 (leitura pública em 2001 – nunca encenada)

[editar] Espetáculos musicais
  • Pif-Paf – Edição extra! – 1952 (com músicas de Ary Barroso)
  • Esse mundo é meu – 1965 (em parceria com Sérgio Ricardo)
  • Liberdade, liberdade – 1965 (em parceria com Flávio Rangel)
  • Memórias de um sargento de milícias - 1966 (com músicas de Marco Antonio e Nelson Lins e Barros)
  • Momento 68 – 1968
  • Mulher, esse super-homem – 1969
  • Bons tempos, hein?! – 1979 (publicada pela L&PM - 1979 - Porto Alegre)
  • Vidigal: Memórias de um sargento de milícias – 1982 (com músicas de Carlos Lyra)
  • De repente – 1984
  • O MPB-4 e o Dr. Çobral vão em busca do mal – 1984
  • Brasil! Outros 500 – Uma Pop Ópera (com músicas de Toquinho e Paulo César Pinheiro)

[editar] Ligações externas

Wikiquote

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